Leia as mensagens que colocam Bolsonaro no centro do caso de propina na compra das vacinas.

Leia as mensagens que colocam Bolsonaro no centro do caso de propina na compra das vacinas.

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As mensagens transcritas abaixo foram obtidas do celular do cabo Dominguetti, representante autônomo de uma atravessador que tentou vender 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca. Dominguetti acusou representantes do governo de pedir propina de US$ 1 por dose adquirida, o total passaria de R$ 2 bilhões.

Trechos do G1

Uma das mensagens traz um diálogo entre Dominghetti e Cristiano Alberto Carvalho, representante da Davati no Brasil. No dia 13 de março, Dominghetti envia uma mensagem a Cristiano:

“Estão viabilizando sua agenda com presidente.”

Cristiano responde em áudio, pedindo a confirmação:

“Dominghetti, por favor, verifica para mim se o presidente vai atender hoje ou amanhã ou até na terça, porque aí eu preciso mudar o voo e preciso reservar o hotel, ‘tá’ bom? Obrigado.”

O policial responde que “já estão trabalhando para agendar” e que “me falaram que estão esperando uma resposta do Palácio.”

Mais tarde, cobrado novamente sobre a marcação, Dominghetti responde em áudio:

“O que eles me falaram, eu nem sabia que ia ter agenda com o Bolsonaro, você que me falou. O que eles me falaram é assim, que estão atuando fortemente lá, e agora depende é do presidente. Ele não marca agenda, ele fala assim: ‘Vem aqui agora’, né? Então, assim, de uma forma mais urgente. Agora, para falar com ele em agenda, eles conseguem marcar segunda, terça, quarta, que aí entra na agenda oficial. O que eles estão tentando é que o presidente te receba de forma extraoficial, entendeu? Devido à urgência, é o que eles estão tentando. Agora, a agenda oficial eles conseguem marcar, isso aí… O que eles estão tentando correndo é uma agenda extraoficial.”

Ainda no mesmo dia, Cristiano envia um áudio a Dominghetti. É quando aparece a referência ao reverendo Amilton.

“Dominghetti, agora nós precisamos aí… O reverendo está falando que está marcando um café da manhã com o presidente amanhã, às 10h, 9h, sei lá, que vai ter um café com os líderes religiosos e a gente vai entrar no vácuo, ‘tá’? Agora tem que fazê-lo confirmar isso aí para a gente colocar uma pulguinha atrás da orelha do presidente, ‘tá’?”

Dominghetti responde: “Isso mesmo”.

No fim do dia, Cristiano reclama em mensagem: “Reverendo me fez ficar aqui e até agora não confirmou o café da manhã com o presidente”.

O policial responde: “Ele está aguardando a resposta do cerimonial com presidente”.


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