Cientistas acreditam que supertempestade solar pode gerar ‘apocalipse na internet’ na próxima década

Cientistas acreditam que supertempestade solar pode gerar ‘apocalipse na internet’ na próxima década

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Pesquisadores da Universidade George Manson e o Laboratório de Pesquisa Naval dos EUA querem criar sistema para alertar a população antes que as partículas solares alterem o campo magnético terrestre.

Cientistas emitiram alertas sobre uma supertempestade solar, que pode gerar um “apocalipse” na internet por meses. Segundo especialista, explosões solares fazem a ejeção de massa coronal (EMC) em direção à Terra, que interferem no campo magnético do planeta.

O pesquisador Peter Becker participa de um projeto com a Universidade George Manson e o Laboratório de Pesquisa Naval, nos Estados Unidos, que objetiva criar um sistema para alertar a população cerca de 18 horas antes que as partículas solares comecem a alterar o campo magnético terrestre.

Ele explica que, em uma EMC, ocorrem grandes erupções de gás ionizado a alta temperatura, que são gerados na coroa solar. Quando o gás atinge o campo magnético terrestre, tempestades geomagnéticas podem ser causadas, o que prejudica os meios de comunicações e as estações elétricas.

— A internet atingiu a maioridade durante uma época em que o Sol estava relativamente calmo. Agora, ele está entrando em uma época mais ativa. Esta é a primeira vez na história da humanidade que houve um aumento da atividade solar com tamanha dependência da internet — diz o professor à Fox Weather.

O cientista esclarece que uma supertempestade solar já aconteceu anteriormente, em 1859. Atualmente, com a dependência econômica da população da internet, Becker acredita que a ejeção de massa coronal pode gerar um período caótico, já que rede elétrica, satélites, GPS e equipamentos de comunicação ficam vulneráveis.

— No Evento de Carrington, faíscas literalmente voaram das linhas telegráficas. Alguns operadores foram eletrocutados, porque os fios carregavam alta tensão. Isso não deveria acontecer, mas as variações do campo magnético tornaram-se tão fortes que quase viraram um gerador. Agora, a CME poderia realmente fritar os sistemas por várias semanas a meses, e toda a infraestrutura vai precisar ser reparada — explica Peter Becker.

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