Mulheres vivem há três meses no McDonald’s do Leblon: uma história que intriga

Mulheres vivem há três meses no McDonald’s do Leblon: uma história que intriga

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Apesar da situação incomum, as mulheres têm celulares, roupas limpas e dinheiro para pagar suas despesas na loja e em outros comércios locais

Duas mulheres têm ocupado o McDonald’s do Leblon, no Rio de Janeiro, como moradia há quase três meses. Mãe e filha passam seus dias na loja, onde fazem todas as refeições, e durante as noites ficam sentadas na calçada, após o fechamento das portas. Recusando ajuda de moradores e autoridades, a rotina delas, acompanhada pela Rádio CBN nas últimas semanas, tem despertado curiosidade e preocupação na comunidade.

A loja da rede de fast-food, situada na esquina das ruas Carlos Góis e Ataulfo de Paiva, vê a presença das mulheres desde as primeiras horas do dia até o fechamento noturno. Acompanhadas por ao menos cinco malas, elas aguardam a reabertura do estabelecimento todas as manhãs. Apesar da situação incomum, as mulheres têm celulares, roupas limpas e dinheiro para pagar suas despesas na loja e em outros comércios locais.

Um empresário residente na área relata observar diariamente a dupla sentada na frente do McDonald’s. “Quando o Mac fecha, elas ficam sentadas do lado de fora, não se afastam. Quando abre, de manhã, elas entram e pegam sempre a mesa perto da porta. Muito triste, morar em uma lanchonete é uma situação insustentável”, descreve o morador.

Identificadas apenas como Suzy e Bruna, mãe (aparentando cerca de 50 anos) e filha (em torno dos 30 anos), elas receberam visitas da equipe da CBN, mas têm sido reservadas em relação aos detalhes de suas vidas. Aos contatos, elas afirmam estar buscando um apartamento para alugar na região pagando mensalmente R$ 1.200, o que é inviável.

Uma equipe da Secretaria de Assistência Social do Rio foi ao local, mas teve sua ajuda recusada por mãe e filha. A uma integrante da equipe da secretaria, elas relataram que o marido de Bruna estava em Paris, na França, e que assim que ele voltasse a família alugaria o imóvel

No entanto, relatos de um ambulante que trabalhava em um hotel de Copacabana lançam luz sobre o passado das mulheres. De acordo com ele, Suzy e Bruna deram um calote no estabelecimento, partindo sem quitar a hospedagem.

“Conheço elas pelo histórico (do local) onde eu trabalhei, um hotel em Copacabana. Elas se hospedaram lá e não pagaram a hospedagem, em 2022. Não aceitam ajuda, são bem ríspidas, não se abrem. Ficam andando na rua, peregrinando. Ficam para lá e para cá, e não tem um local fixo”, conta o vendedor.

O caso das mulheres já repercutiu nas redes sociais, onde relatos sugerem que elas já vagaram por diferentes locais da cidade antes de se estabelecerem temporariamente no McDonald’s. O mistério em torno de Suzy e Bruna continua a intrigar a comunidade, que busca entender os motivos por trás de sua situação peculiar.

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