Empresário admite pagamento a Renan Bolsonaro; delegado que abriu apuração é rebaixado na PF

Empresário admite pagamento a Renan Bolsonaro; delegado que abriu apuração é rebaixado na PF

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Em depoimento à Polícia Federal, Luís Felipe Belmonte confirmou pagamento para escritório de filho do presidente.

O empresário Luís Felipe Belmonte confirmou, em depoimento à Polícia Federal, que pagou o montante de R$ 9,5 mil para reformar um escritório usado por Jair Renan Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro (PL), em Brasília.

As informações foram reveladas pelo jornal O Globo, nesta sexta-feira (13). Jair Renan, também conhecido como “04”, é investigado por tráfico de influência. Em nota, a defesa nega que ele tenha atuado para ajudar empresários no governo federal.

No depoimento, Belmonte informou que o pedido de ajuda financeira para uma obra de melhoria em uma sala comercial ocupada pelo filho do presidente foi feito pelo próprio Renan Bolsonaro e por Allan Lucena, seu personal trainer e então parceiro de negócio.

A arquiteta Tânia Fernandes, responsável pela reforma, confirmou, em entrevista ao O Globo, o recebimento dos recursos de Belmonte. “Neste orçamento, foi feito o pagamento de materiais e mão de obra. É mais uma maquiagem do local, pois obra mesmo do tipo estrutural, ou alterações não ocorreu. No final, prestei contas e gerei o recibo de pagamento, como todo profissional faz”, disse.

Em nota enviada ao UOL, o advogado Frederick Wasseff, negou envolvimento de seu cliente: “Jair Renan Bolsonaro não solicitou dinheiro a ninguém, não recebeu um único real de quem quer que seja, não recebeu carro de presente, não atuou para nenhuma empresa, não solicitou que ninguém pagasse nada a ninguém e seu nome foi usado indevidamente. Não marcou reunião em nenhum ministério”.

Delegado rebaixado

O delegado Hugo de Barros Correa, ex-superintendente da Polícia Federal no DF, foi rebaixado de cargo na corporação após iniciar as investigações contra Jair Renan Bolsonaro. Ele já havia sido demitido do posto que ocupava em outubro do ano passado, após as investigações serem abertas na Polícia Federal.

O jornal O Estado de S. Paulo publicou nota na “Coluna do Estadão”, nesta sexta-feira (13), em que afirma que Correia “despencou do cargo depois de mexer em vespeiros” e que, agora, cuida da implementação dos planos de saúde da corporação.

Em uma de suas primeiras ações após assumir o cargo, em fevereiro deste ano, o diretor da Polícia Federal, Márcio Nunes de Oliveira, trocou o comando do setor responsável por investigar Bolsonaro. O delegado Caio Rodrigo Pellim substituiu Luiz Flávio Zampronha na chefia da direção de Investigação e Combate à Corrupção (Dicor). Márcio Nunes de Oliveira é o quarto nomeado para a chefia da corporação desde o início do governo Bolsonaro.

*Com Brasil de Fato

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