Como os vale-gás e outros vales promoveram a alucinação neopentecostal e bolsonarista?

Como os vale-gás e outros vales promoveram a alucinação neopentecostal e bolsonarista?

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Nos anos 1990, uma família emergiu como liderança política usando a esquerda como primeira plataforma eleitoral, no estado do Rio de Janeiro. Saídos de Campos dos Goytacazes, a família garotinho chegava ao governo do estado, por efeito da imensa crise gerada pelo neoliberalismo devastador de FHC.

Enquanto o governo federal não agia contra a miséria extrema e um estado absolutamente empobrecido após as privatizações, Garotinho criava diversos vales para combater a miséria. Vale-gás, vale-cesta-básica, distribuição de alimentos e outros programas que poderiam dar certo.

Como o estado não contava com estrutura distribuída para capilaridade do programa, já que o Banco do Estado do Rio de Janeiro (BANERJ) havia sido vendido, a única forma era contar com os governo municipais. Foi exatamente o que ele NÃO fez.

Garotinho resolveu fazer acordos com igrejas evangélicas, já que era recém “convertido”, na busca de angariar apoio dos crentes para o seu projeto maior, se tornar presidente da República. O programa então transformou igrejas em distribuidores dos vales (gás, cesta e outros) no lugar do poder público.

Essa política inchou as igrejas e deu poder de populismo estatal oficial às igrejas neopentecostais. Como resultado, a capital carioca e cidades como Volta Redonda alcançou rapidamente mais de 40% da população autodeclarada como evangélica.

Ao longo do tempo, com o pensamento de ódio à minorias de gênero e até mesmo, contra a cultura afro-descendente, chegou aos morros e terreiros passaram a ser atacados com a influencia do discurso religioso extremista. É aí que surge a figura de Bolsonaro, que centralizou a unificação da crença da predestinação religiosa ao poder de um país que muitas vezes se chamou de “Pátria do Evangelho”, “Celeiro do Mundo” e outras idiotices nacionalistas religiosas.

Com o apoio a troca de financiamento e políticas públicas pró evangélicos, em especial, neopentecostais, pastores, bispos e outros, apontaram Bolsonaro como predestinado divino a purificar o Brasil. E assim, se criou o mito e o clã Bolsonaro e tal apoio incondicional.

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