Entrada da direita pelo impeachment de Bolsonaro, empurra a Globo para cobertura das manifestações.

Entrada da direita pelo impeachment de Bolsonaro, empurra a Globo para cobertura das manifestações.

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A quem serve a Rede Globo? Essa é uma pergunta fundamental para compreender quem serve a quem, na luta pelo poder, que culminará em 2022.

A Globo, nas manifestações de hoje (03), tem adotado um discurso de cobertura um pouco diferente das duas anteriores. Com entradas longas e ao vivo, na Globo News, o discurso é de que já há a participação de pessoas que não são ligadas aos movimentos de esquerda. Fala-se também, na retomada da bandeira nacional e das cores verde e amarela como patrimônio das manifestações pela democracia.

Mas, o que fez a emissora dos Marinho mudar a abordagem? Obviamente, a entrada da direita no pedido de impeachment, em palanque dividido com a esquerda, como se viu durante a semana, no super pedido de impeachment, foi fundamental para essa mudança de comportamento.

Como a Globo sabe qual o seu público, a ideia é jogar a população não de esquerda para engrossar a manifestação contra Bolsonaro. Trata-se da unificação de “coxinhas” e “mortadelas” pela democracia, tão analisado logo após o golpe de 2016.

Não fica só nisso, como a Globo responde ao mercado financeiro e não à direita pré-histórica e histérica que compuseram o governo Temer e Bolsonaro, e muitos representantes do mercado financeiro já avaliam que um governo Lula valorizaria o mercado brasileiro, o “sapo barbudo” deixou de ser monstruoso também para a Globo. Obviamente, não veremos Lula sendo elogiado nos canais Globo, mas, o risco de Lula crescer com as manifestações, embora calculado, é mais válido que a continuidade da extrema-direita.

É claro que a mídia como um todo prepara alguém, como Eduardo Leite (que agora é gay assumido), para ser candidato limpinho, mas, ele não passará de “poucos” porcento. Trata-se de um gandidato para 2026 e não 2022.

Em resumo, há grande possibilidade dos movimentos de rua crescerem com o caldo sendo engrossado pela mídia e por direitistas limpinhos. Bolsonaro deve realmente se preocupar, por que as ruas que decidirão se Lira aceitará, ou não, o tal super pedido de impeachment.

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