Lewandowski afirma em sua posse que combate ao crime organizado vai além da “enérgica repressão policial” e prega fim de “apartheid social”

Lewandowski afirma em sua posse que combate ao crime organizado vai além da “enérgica repressão policial” e prega fim de “apartheid social”

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O ministro destacou que o crime organizado já se infiltrou até em órgãos públicos, o que aumenta a “complexidade” do enfrentamento.

Ao tomar posse nesta quinta-feira (1) como ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski afirmou que vai priorizar o combate ao crime organizado, que em sua análise já está infiltrado em órgãos públicos. Frisou, no entanto, que não basta a “enérgica repressão policial”. É preciso, afirmou, combater suas causas, “ligadas à desigualdade, à exclusão e à falta de oportunidade para milhões de brasileiros e brasileiras (…) em situação de vulnerabilidade”.

“O combate à criminalidade e à violência, para ter êxito, precisaria, além de uma permanente e enérgica repressão policial, demandando a execução de políticas públicas que permitam superar esse verdadeiro apartheid social, que continua segredando boa parte da população brasileira”, afirmou o novo ministro, na cerimônia realizada no Palácio do Planalto.

O ministro destacou que o crime organizado já se infiltrou até em órgãos públicos, o que aumenta a “complexidade” do enfrentamento:

“Há, ainda, mais um agravante. Nos dias que correm, a preservação da segurança pública cresceu muito em complexidade. Não apenas o Brasil, mas diversos países do mundo enfrentam o novo e temível desafio que é o da criminalidade organizada. A atuação das organizações criminosas as quais se incluem as milícias, subdivididas em múltiplas facções, ora aliadas, ora rivais, antes restrita às áreas periféricas, onde o estado se mostrava ausente, e aos ambientes prisionais, hoje se desenvolve em toda parte”.

Lewandowski ainda afirmou que terá “enormes responsabilidades à frente da pasta e que dedicará “os melhores esforços” para dar continuidade “ao excelente trabalho executado” até aqui por seu antecessor, Flávio Dino, que este mês assumirá a vaga de ministro no Supremo Tribunal Federal (STF).

Além do presidente Lula, estavam presentes o vice-presidente Geraldo Alckmin, a primeira-dama Janja da Silva e os ministros do STF Nunes Marques, Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes, Luiz Fux, Roberto Barroso e Dias Toffoli.

Entre os ministros de estado estavam Rui Costa (Casa Civil), Simone Tebet (Planejamento), Cida Gonçalves (Mulher), José Múcio (Defesa), General Amaro (GSI), Paulo Teixeira (Agricultura Familiar), Waldez Góes (MDR), Camilo Santana (Educação), Mauro Vieira (MRE), Esther Dweck (Gestão), Alexandre Padilha (SRI), Nísia Trindade (Saúde), Jader Filho (Cidades), Alexandre Silveira (MME), Paulo Pimenta (Secom) e Luciana Santos (Ciência e Tecnologia).

O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, e o Procurador Geral da República, Paulo Gonet também participaram da cerimônia.

Pelo salão, havia ainda líderes do governo, como o deputado José Guimarães (PT-CE) e Randolfe Rodrigues (sem partio), além do líder do PT, deputado Zeca Dirceu (PT-PR) e a presidente do PT, deputado Geliei Hoffmann (PT-PR).

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