O QI racista do deputado federal Gustavo Gayer

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Ricardo Nêggo Tom*

Serei breve nesse texto, para dizer que o bolsonarismo é uma merda que sai das entranhas de seres abominavelmente desprezíveis, como o deputado federal e bolsonarista Gustavo Gayer, que, durante participação em um podcast, ao lado de outros dois idiotas tão racistas quanto ele, teve a coragem de dizer que existem macacos com o QI mais elevado do que africanos. Sim. Isso foi dito por um representante do povo no parlamento federal. Pior do que isso, falas como essa têm se tornado cada vez mais comuns na sociedade em que tentamos sobreviver. Muito pior do que isso, é que essas falas, e outros comportamentos claramente racistas, não são punidos como deveriam. E isso é um problema bem maior do que o próprio racismo.

Nesse mesmo programa, o deputado federal eleito pelo PL de Goiás também disse que a democracia não prospera na África, porque os africanos não possuem capacidade cognitiva para entender o processo e discernir entre o que é certo e o que é errado. Ele ainda afirma que, em função dessa atrofia da inteligência, os africanos acabam sendo governados por ditadores e ainda comemoram a opressão imposta. Para justificar a sua, digamos, tese, ele tenta fazer uma analogia desastrosa com a eleição de Lula e o povo brasileiro, que, mesmo estando sob um governo, segundo ele, ditador, acha que a vida melhorou. Depois de ouvir tamanha imbecilidade, conclui que QI de bolsonarista não tem dono. Todos manifestam um raciocínio fundamentado em coliformes fecais do mais putrefato odor.

Qual seria o QI de um sujeito que produz esse tipo de pensamento? Se é que podemos dizer que esse senhor pensa antes de falar. Porém, pesquisando mais sobre a trajetória intelectual do nobre deputado, me deparei com algumas informações que explicam, embora não justifiquem, o nível de QI que pavimenta a sua inteligência. Em 2015, o deputado cerebral, então empresário, foi preso por dirigir embriagado pelas ruas de Goiânia e tentar fugir de uma abordagem policial. Na ocasião, o erudito parlamentar, após bater o seu carro contra o meio fio, seguiu dirigindo normalmente pelas vias da cidade, sem se dar conta de que um dos pneus dianteiros do veículo havia estourado e toda a frente do carro estava praticamente destruída. Perseguido pela polícia, só percebeu que deveria parar alguns muitos quilômetros à frente, quando os policiais constataram o alto teor alcoólico do seu QI e o conduziram preso até a delegacia. Pagou fiança e foi liberado. Um privilégio que um africano certamente não teria tido, devido a inferioridade do seu QI numa sociedade racista.

Antes disso, em novembro de 2000, ele atropelou uma pessoa no município de Rialma, a 183 quilômetros da capital goiana. A vítima faleceu em virtude dos ferimentos, e o deputado foi processado por homicídio culposo. Quando não há intenção de matar. Como o processo penal se estendeu além do prazo prescricional, ele acabou sendo extinto sem o julgamento do mérito. Outra situação na qual o QI de um africano estaria em desvantagem. O código brasileiro de trânsito prevê de dois a quatro anos de detenção, além de suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor, em casos de crimes como o cometido por Gustavo Dayer. O QI dos demais membros da família do deputado, também parece ser tão privilegiado quanto o dele. Um de seus irmãos, que era policial civil, foi condenado a 12 anos de prisão, por assassinar uma pessoa durante uma briga numa boate em Goiânia. Esse mesmo irmão já tinha esfaqueado a própria mãe e o padrasto, durante uma discussão em família. O que um QI mais elevado não é capaz de fazer, hein?

Como eu disse que seria breve, não vou perder tempo falando sobre racismo estrutural e o teor nazista e eugenista contido nas afirmações do deputado, porque tudo está posto publicamente e cabe a justiça investigar e puni-lo. Encerro, lembrando que Gustavo Gayer é apenas mais um dos defensores da família tradicional, cristã e racista brasileira. Ou seja, é só mais um QI fascista que precisamos combater e alijar da vida pública, para o bem da sociedade. Nesse caso, cassar o seu mandato por crime de racismo, é mais do que urgente. Fogo neles!

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