Preso essa semana por envolvimento em possível fraude de vacinação de Jair Bolsonaro (PL), o major reformado Ailton Barros é tido como morto pelo Exército, que tem o militar cadastrado como morto, de acordo com informações publicadas pela GloboNews.
Ainda de acordo com a reportagem, em consulta no Portal da Transparência, é possível constatar que Marinalva recebe R$ 22 mil bruto por mês, cerca de R$ 14 mil líquido, pela pensão.
Os repasses são feitos ao menos desde setembro do ano passado, indica a reportagem.
Ailton foi expulso do Exército, mas segundo a instituição, “a punição do militar não deve atingir seus dependentes”.
O UOL entrou em contato com o Exército e aguarda resposta.
Revelações de Ailton
O major reformado disse saber quem era o mandante da morte da vereadora Marielle Franco e o seu motorista, Anderson Gomes, em março de 2018. A revelação foi feita em troca de mensagens ao ex-ajudante de ordens Mauro Cid, preso na mesma operação dessa semana. O UOL apurou que a PF tenta interrogar Ailton sobre o assunto.
Também em mensagens a Cid, Ailton propôs golpe: “O conceito da operação: entre hoje e amanhã, tem que continuar pressionando Freire Gomes [comandante do Exército] para que ele faça o que tem que fazer”, diz ele na mensagem de 15 de dezembro”. Bolsonaro deveria se manifestar “para levantar a moral da tropa, que está abalada em todo o Brasil”, caso o comandante do Exército não se manifestasse, na opinião do ex-major.
O major se apresentava como “01 do Bolsonaro” na campanha eleitoral.