‘A saúde não pode ser refém do teto de gastos’, diz Lula ao relançar o programa Mais Médicos

‘A saúde não pode ser refém do teto de gastos’, diz Lula ao relançar o programa Mais Médicos

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Presidente voltou a lembrar que cuidar da saúde das pessoas é investimento e não gasto. Nova versão do programa vai chegar a 28 mil médicos ainda neste ano

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a chamar a atenção para o investimento de “cuidar das pessoas na hora certa” ao relançar, nesta segunda-feira (20), o programa federal Mais Médicos, que trata do preenchimento de vagas no Sistema Único de Saúde (SUS). Lula lembrou de alerta feito a ministros na semana passada, sobre mudar conceitos de gastos para “valorizar o que precisa ser valorizado”.

De acordo com o presidente, o Mais Médicos “voltou porque a saúde não pode ser refém de teto de gastos”, juros altos ou cortes orçamentários. “Em nome de um equilíbrio fiscal que não leva em conta o bem mais precioso que existe que é a vida humana”, afirmou.

Qual o preço que você paga de não cuidar das pessoas na hora certa? O Brasil é especialista nisso. Toda vez que vamos discutir um avanço social aparece alguém da área econômica para dizer que isso é gasto. Quanto custou a gente não fazer as coisas no tempo certo? Da gente não cuidar da saúde mais rápido, de não alfabetizar o povo na década de 50, fazer a reforma agrária na década de 50? Quanto custou não ter acabado com preconceito racial, não tratar as mulheres com o respeito que merecem? Ou seja, tudo atrasa por conta dos gastos, precisamos arejar nossa cabeça, os cursos de economia precisam mudar”, completou o presidente.

Ao anunciar a retomada do Mais Médicos, Lula lembrou que quando o programa surgiu, em 2013, no governo Dilma Rousseff (PT), sofreu críticas. Mas, “inegavelmente foi um sucesso excepcional”. “Poucas vezes o povo pobre que mora nas cidades pequenas nesse país teve o tratamento que tiveram depois que colocamos o Mais Médicos para funcionar. E ele está voltando agora com um cuidado excepcional, queremos que todos os médicos que se inscreveram sejam brasileiros”, destacou o presidente.

*Com RBA

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