Atirador de Aracruz almoçou com os pais após matar professores e aluna

Atirador de Aracruz almoçou com os pais após matar professores e aluna

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Depois de cometer atentado a tiros em dois colégios de Aracruz (ES), atirador foi para casa e fingiu que nada tinha acontecido.

De acordo com o Metrópoles, adolescente de 16 anos que cometeu um atentado a tiros em duas escolas de Aracruz (ES), na última sexta-feira (25/11), almoçou com os pais após o crime. Depois de matar e ferir professores e estudantes, o atirador foi para casa, devolveu as armas do pai que havia usado no ataque e fingiu que nada tinha acontecido.

“Os pais sabiam do atentado e chegaram a comentar. Ele se fez de desentendido”, relatou o delegado André Jeretta, em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (28/11). Os pais não teriam conhecimento dos crimes do filho.

Segundo o delegado, o adolescente relatou que planejava o atentado há cerca de dois anos. Ele se aproveitou de um momento em que os pais foram ao supermercado fazer compras para cometer o crime.

O atirador vestiu um uniforme militar com uma suástica nazista e pegou duas armas do pai, que é policial militar. As armas, uma pistola e um revólver, estavam escondidos no quarto do pai. Um dos armamentos estava inclusive com um cadeado.

Manuseava armas

Para chegar até os dois colégios e atirar contra a comunidade escolar, o adolescente usou um carro Renault Duster marrom do pai. Ele cobriu as placas do veículo com folhas de revista.

Na escola estadual Primo Bitti, o atirador entrou pelos fundos e descarregou a pistola duas vezes na sala dos professores, onde os funcionários passavam o horário de intervalo. O revólver foi usado na segunda escola, a Coqueiral Vera Cruz.

“Sempre que tinha oportunidade de ficar sozinho, ele pegava as armas e as manuseava, sem conhecimento de familiares”, disse André Jaretta sobre o depoimento do atirador.

No entanto, o delegado disse que ainda não é possível dizer se o adolescente já tinha disparado uma arma de fogo antes do ataque. Ele pesquisava na internet sobre armas de fogo e o pai foi afastado para o administrativo da PM, enquanto é investigado por um procedimento interno. A polícia investiga se o pai ensinou o filho a atirar.

Prisão

Depois de cometer os dois atentados, o adolescente voltou com o veículo para casa. Ele tentou reagir naturalmente e almoçou com os pais como se nada tivesse acontecido.

Após a refeição, os pais e o adolescente foram para a casa de praia da família, em Mar Azul. A polícia conseguiu localizar o imóvel e foi até lá. Inicialmente, o adolescente negou o crime, mas acabou confessando diante dos indícios. Ele disse que planejou o ataque porque sofria bullying, mas a polícia investiga se havia relação com grupos nazistas ou com outras pessoas.

De acordo com a polícia, o atirador era considerado introspectivo e havia abandonado a escola há seis meses. Ele fazia tratamento com psiquiátrico e psicológico.

O atirador vai responder por atos infracionais análogos aos crimes homicídio e tentativa de homicídio. Quatro pessoas morreram e sete feridos estão hospitalizados.

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