Lula após novo assassinato político: “as pessoas estão sendo induzidas a uma violência exacerbada”

Lula após novo assassinato político: “as pessoas estão sendo induzidas a uma violência exacerbada”

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Candidato do PT e líder das pesquisas reagiu ao crime ocorrido no interior do Mato Grosso, onde um petista foi morto por um bolsonarista após discussão sobre política.

O assassinato de Benedito Cardoso dos Santos, nesta quinta-feira (8/9), provocou reações entre os candidatos que disputam as eleições presidenciais. O lenhador de 42 anos e eleitor de Lula, foi morto ao receber 15 facadas e um golpe de machado no pescoço após uma discussão sobre política com Rafael Silva de Oliveira, um colega de trabalho e apoiador de Jair Bolsonaro (PL-RJ).

O próprio Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP), foi o primeiro a se manifestar a respeito do incidente. Em entrevista coletiva após cumprir agenda de campanha no Rio de Janeiro, ele fez alusões a outro crime similar ocorrido recentemente: o do guarda municipal Marcelo Arruda, morto em Foz do Iguaçu, em 9 de julho, em ataque de ódio realizado pelo policial carcerário bolsonaristas Jorge Guaranho.

Para Lula, os dois casos são “uma demonstração do clima de ódio que está estabelecido no processo eleitoral, uma coisa totalmente anormal (…) as pessoas estão sendo induzidas a uma violência exacerbada, um país em que se tomou decisão de fazer decretos facilitando a aquisição de armas”.

Relação com Alckmin como exemplo

O candidato petista, líder nas pesquisas, também utilizou o exemplo da relação entre ele e seu vice, o ex-tucano Geraldo Alckmin (atualmente no PSB), como exemplo de convivência democrática entre pensamentos políticos divergentes.

“Vocês estão vendo aqui duas pessoas que foram adversárias em eleições passadas, estávamos em partidos diferentes, falávamos mal um do outro, mas na hora que temos que pensar o país, estamos juntos. (…) Por isso que digo que feliz era o país quando a polarização era entre PT e PSDB. A gente nunca foi inimigo. Nunca deixei de conversar com Alckmin, Serra e FHC porque disputávamos eleições em partidos diferentes”, comentou Lula.

Controle de armas

O ex-presidente acrescentou que “agora estamos vendo o país tomado por uma violência sui generis. No meu governo, a gente recolhe 620 mil armas no País. Agora temos na presidência um cidadão que libera armas à vontade. Acho que ele não se dá conta de que está armando o crime organizado (…) o Exército não está mais fiscalizando a compra de armas. Este país está caminhando para uma selvageria que até então não conhecíamos”.

Para finalizar, Lula disse esperar “que a política esteja atenta, e a própria Justiça Eleitoral, para ver se isso (violência política) tem ordem, se isso tem orientação, se isso é uma estratégia de política. Da nossa parte, o que queremos é uma campanha de paz”.

*Com GGN

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