Bivar trava palanque em SP e dá sinais de que pode apoiar Lula já no 1º turno

Bivar trava palanque em SP e dá sinais de que pode apoiar Lula já no 1º turno

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Presidente do União Brasil, o deputado federal trava o palanque do governador Rodrigo Garcia, candidato à reeleição em São Paulo, com sinais de que pode apoiar a campanha do ex-presidente Lula ao Planalto.

Na véspera das convenções estaduais do PSDB e do MDB em São Paulo para fechar a chapa da reeleição do governador tucano Rodrigo Garcia, o presidente do União Brasil e ainda pré-candidato à Presidência, Luciano Bivar, aumentou o preço para aderir à coligação da terceira via paulista. Com a chave do cofre mais recheado pelo Fundo Eleitoral — perto de R$ 1 bilhão para gastar em propaganda nos próximos dois meses — e o maior tempo de propaganda obrigatória, que começa em 16 de agosto, no rádio e na tevê, o cacique pernambucano insiste em indicar o vice de Garcia, apesar do acordo firmado em abril para que a vaga seja ocupada pelo MDB.

Bivar ameaça, inclusive, abdicar da disputa presidencial e aderir à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Planalto, caso o partido dele não emplaque o vice em São Paulo. Fontes ligadas ao governador, ouvidas pelo Correio, definiram a estratégia do político como “chantagem”. Bivar está, na avaliação desses interlocutores, construindo uma base política em São Paulo e, simultaneamente, pavimentando a via de apoio a Lula em um possível governo petista em 2023. Maior colégio eleitoral do país, São Paulo é considerado o fiel da balança na eleição presidencial. Quem vencer no estado acumulará cacife para influenciar a política brasileira nos próximos quatro anos.

Diante do impasse, os presidentes do PSDB, Bruno Araújo, e do MDB, Baleia Rossi, estão na capital paulista para tentar destravar o nó que deve adiar, para a semana que vem, a formação da chapa governista em torno de Garcia. O governador quer anunciar amanhã, na convenção tucana, o nome do ex-secretário de Saúde da capital paulista Edson Aparecido que, em abril, trocou o PSDB pelo MDB com a promessa de ser indicado para a vaga. Araújo e Rossi almoçaram, ontem, com o presidente da Câmara de Vereadores de São Paulo, Milton Leite, principal fiador do União Brasil da aliança pró-reeleição do governador.

Sem acordo, PSDB e MDB devem decidir, nas convenções, deixar em aberto o nome para a disputa ao Senado, confiando na manutenção do acordo com o partido de Bivar. A disputa pelo governo de São Paulo — berço da terceira via de centro — deve ser uma das mais acirradas do país. Os tucanos tentam manter a hegemonia no estado, que já dura quase três décadas, mas terão de enfrentar os candidatos apoiados pelos principais protagonistas da disputa presidencial: os ex-ministros Fernando Haddad (PT) — líder das pesquisas de intenção de voto —, respaldado por Lula; e Tarcísio de Freitas (Republicanos), avalizado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

*Com Correio Braziliense

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