Faixa de caminhão na estrada de SP, “Bolsonaro te enganou”

Faixa de caminhão na estrada de SP, “Bolsonaro te enganou”

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Ação colocou três caminhões com mensagens de 30 metros quadrados; caminhoneiros integram base de apoio do presidente, segundo a Folha.

Três caminhões com faixas de 30 metros quadrados cada rodaram algumas dezenas de quilômetros da rodovia Ayrton Senna, em São Paulo, nesta quinta (23), ostentando mensagens como “Bolsonaro te enganou”, “Bolsonaro traidor” e “R$ 7/litro – diesel do Bolsonaro”.

Quatro anos depois da greve de caminhoneiros que paralisou o país, o protesto ocorre num momento de insatisfação da categoria, parte importante da base eleitoral do presidente. Nos últimos dias, o preço do diesel ultrapassou o da gasolina e do etanol em diversos postos do país, algo inédito segundo o Sincopetro (sindicato representante dos postos).

A inversão é reflexo do aumento anunciado pela Petrobras na semana passada, que reajustou em 5,2% o preço da gasolina nas refinarias e em 14,2% o valor do diesel. Com o aumento, o preço do litro do diesel bateu a marca dos R$ 7.

Em maio de 2018, quando a greve da categoria gerou uma crise de abastecimento no país, o litro do diesel era vendido nos postos por pouco mais de R$ 4, em valores corrigidos. Jair Bolsonaro (PL), à época candidato à Presidência pelo PSL, apoiou o movimento e criticou os reajustes nos preços dos combustíveis, que, segundo ele, serviam para “tapar buraco de corrupção”.

A ação nas estradas desta quinta (23) foi articulada por um grupo de designers e comunicadores ativistas que assume já ter feito outras intervenções pelo país, mas prefere não se identificar. Entre os protestos do grupo estão lambe-lambes colados na avenida Faria Lima, centro financeiro da capital paulista, em 2021, com a foto do ministro da Economia, Paulo Guedes, sob o slogan “Faria Loser”, e cartazes com preços inflacionados de alimentos anunciados como “Bolsocaro”.

Integrantes do grupo afirmaram que a ação foi feita em parceria com caminhoneiros e que o objetivo é responsabilizar o governo Bolsonaro pelo que os ativistas chamam de traição à categoria, ilustrada pela disparada do preço dos combustíveis.

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