TSE rejeita teses de militares para eleições e reafirma segurança

TSE rejeita teses de militares para eleições e reafirma segurança

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TSE tornou pública a resposta aos questionamentos das Forças Armadas. Os técnicos ressaltaram que “não há sala escura de apuração” de votos.

Em meio à crise entre o Executivo e a Justiça Eleitoral, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, tornou públicas, nesta segunda-feira (9/5), as respostas sobre questionamentos das Forças Armadas sobre o processo eleitoral. No texto, técnicos da Corte eleitoral rebatem três teses, formuladas pelos militares, sobre eventuais problemas de capacidade de auditagem das urnas e de segurança do processo. O tribunal também assinala que outras quatro sugestões já são utilizadas no processo eleitoral e, portanto, estão contempladas no próximo pleito.

Além disso, o TSE encaminhou ofício circular aos integrantes da Comissão de Transparência das Eleições (CTE) e do Observatório de Transparência das Eleições (OTE). O documento divulga as respostas técnicas às opiniões e recomendações feitas pelo Ministério da Defesa, em 22 de março deste ano.

É a segunda vez que o TSE responde aos questionamentos das Forças Armadas sobre o processo eleitoral. Na primeira oportunidade, o prazo para participação e aperfeiçoamento do pleito estava aberto para os agentes públicos; 700 páginas esclareceram as dúvidas então encaminhadas. Desta vez, o Ministério da Defesa fez sete perguntas, que foram respondidas em 35 páginas.

O Ofício MD nº 007 está estruturado em sete tópicos: nível de confiança do teste de integridade; processo de amostragem aleatório para seleção de urnas que compõem o teste de integridade; totalização com redundância pelos TREs; fiscalização e auditoria; inclusão de urnas modelo UE2020 no Teste Público de Segurança; procedimentos normativos para a hipótese de verificação de irregularidade em teste de integridade; sugestões para uma possível duplicidade entre abstenção e voto.

No documento, o ministro Fachin recordou, acerca dos trabalhos da CTE, que o prazo para apresentação de contribuições ao plano de ação da comissão terminou em 17 de dezembro de 2021 e que o quadro de normas aplicáveis ao ano eleitoral de 2022 já se encontra “definido e estabilizado, à luz dos ditames da Constituição, das leis e das regulamentações deste tribunal”.

O ministro, no entanto, ressaltou que, a fim de prestigiar o diálogo no âmbito da Comissão, mesmo as observações recebidas após o prazo assinalado têm obtido a devida atenção por parte do corpo técnico da Corte Eleitoral. Os apontamentos devem ser analisados como sugestões para uso nas eleições seguintes, considerando que o processo e o planejamento para o pleito deste ano já estão definidos, com segurança.

Sem “sala escura”

Ao responder o questionamento sobre a localização física das urnas, a equipe técnica do TSE ressaltou às Forças Armadas que “a centralização dos equipamentos que fazem a totalização de votos no TSE, registre-se: fruto de sugestão da Polícia Federal, é parte de um processo histórico de evolução que não guarda correlação com as competências dos diversos níveis jurisdicionais no processo de totalização”.

*Com Metrópoles

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