“Bolsonaro é, de longe, o mais mal avaliado”, diz cientista político

“Bolsonaro é, de longe, o mais mal avaliado”, diz cientista político

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O período eleitoral se avizinha e o atual presidente, Jair
Bolsonaro, já deixou claro que pretende se candidatar à reeleição. Para Alberto
Carlos Almeida, cientista político, sociólogo, professor da Universidade
Federal Fluminense e executivo da consultoria Brasilis – que realizou uma
comparação entre as reeleições anteriores e o cenário atual – “Bolsonaro
é, de longe, o mais mal avaliado”.

A análise realizada pela consultoria Brasilis levou em conta
as avaliações dos governos Fernando Henrique, Lula, Dilma e Bolsonaro feitas
pelo mesmo instituto de pesquisa – Datafolha – cerca de 6 meses antes dos
presidentes citados concorrerem à reeleição. Ou seja, entre fevereiro e março
do último ano do mandato dos presidentes, respectivamente 1998, 2006, 2014 e
2022.

O principal achado da Brasilis é que Bolsonaro chega a sua tentativa de reeleição com cerca de 20 pontos percentuais de “ruim” e “péssimo” a mais do que os presidentes anteriores, que conseguiram se reeleger. A partir disto, Almeida questiona se o atual presidente conseguirá reduzir esta avaliação negativa até outubro de 2022. O especialista acredita que a avaliação do governo é o principal termômetro para a possibilidade de uma reeleição neste ano.

“Fernando Henrique era o mais bem avaliado e venceu no
primeiro turno, Lula era o segundo mais bem avaliado e venceu com 20 pontos de
margem no segundo turno, e Dilma era a terceira mais bem avaliada e derrotou
Aécio por uma margem muito pequena também no segundo turno”, relembra o
professor.

“Isso indica que Bolsonaro tende a ser derrotado pelo principal candidato de oposição”, disse em relação ao pleito de outubro de 2022. “Ou seja, para qualquer lado que se olhe os sinais são ruins para Bolsonaro”, conclui.

* Vermelho

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