ACM Neto segue no União Brasil e será oposição a Moro

ACM Neto segue no União Brasil e será oposição a Moro

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O ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, bateu o martelo e decidiu continuar no União Brasil. O Secretário-geral da sigla foi convidado para se filiar ao PSB, ao PDT e até mesmo ao Podemos, ex-partido de Sergio Moro. O pré-candidato ao governo da Bahia resolveu seguir porque entendeu que foi um dos responsáveis pela construção da legenda.

ACM também é o principal articulador para que a filiação do ex-juiz da Lava Jato seja impugnada dentro do União Brasil. O ex-chefe do executivo municipal da capital baiana chegou a ligar para o ex-ministro de Jair Bolsonaro e afirmou que ele não era bem-vindo na agremiação.

A irritação com Moro não é por acaso. O ex-juiz se filiou ao partido após retirar sua pré-candidatura à Presidência e prometer aos líderes da legenda que seria candidato ao cargo de deputado federal ou senador. No entanto, na última sexta-feira (1°), afirmou em coletiva de imprensa que não tinha “desistido de nada”.

Para aliados, Sergio relatou que a retirada da pré-candidatura à Presidência era uma estratégia. Ele trabalharia internamente para viabilizar seu nome em uma legenda que possui maior estrutura em comparação com o Podemos. E avisou que não concorreria ao cargo de deputado.

Tal posicionamento foi o suficiente para que ACM, Efraim Filho, José Agripino Maia, Ronaldo Caiado, professora Dorinha, Mendonça Filho, Davi Alcolumbre e Bruno Reis escrevessem uma carta pedindo a invalidação da filiação do ex-juiz. O grupo representa 49% do colegiado do União Brasil.

Caso a entrada do ex-bolsonarista seja impugnada, é preciso de um colegiado de 60% para ter validade. Ou seja, o grupo de Luciano Bivar não teria votos suficientes para salvar o antigo ministro de Bolsonaro.

ACM Neto e sua estratégia

ACM Neto e seus aliados não pretendem votar a carta neste primeiro momento. O grupo usará o pedido de impugnação como um trunfo para impedir que Moro insista com a candidatura à presidência da República. Se o ex-juiz quiser disputar uma vaga no Congresso Nacional, como deputado federal ou senador.

Essa rejeição ao nome do ex-ministro de Bolsonaro não é por acaso, principalmente por parte do ex-prefeito de Salvador. ACM chega a ter 56% das intenções de votos para o governo da Bahia. Porém, quando aparece apoiado por Moro, ele cai 20% e fica com 36%, segundo o Paraná Pesquisas.

*Por DCM

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