Bolsonaro derrotado: Comissão especial rejeita, por 23 a 11, o voto impresso obrigatório

Bolsonaro derrotado: Comissão especial rejeita, por 23 a 11, o voto impresso obrigatório

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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sofreu a primeira derrota acerca do voto impresso no Congresso Nacional.

A comissão especial da Câmara dos Deputados sobre a Proposta de Emenda à Constituição PEC 135/19, que torna obrigatório o voto impresso, rejeitou nesta quinta-feira (05/04) o substitutivo apresentado pelo relator, deputado Filipe Barros (PSL-PR). Foram votos 23 contrários ao parecer, ante 11 votos favoráveis.

Por indicação do presidente da comissão especial, deputado Paulo Eduardo Martins (PSC-PR), o parecer vencedor será elaborado pelo deputado Júnior Mano (PL-CE) e deverá ser apreciado em nova reunião do colegiado nesta sexta-feira (6), às 18 horas.

“Infelizmente o parecer do relator Filipe Barros não foi aprovado pela comissão. Agradeço a todas as pessoas que acompanharam o trabalho e apoiaram. Mais batalhas virão”, disse Martins.

Apesar da goleada, 23 votos a 11, a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) alertou que a base bolsonarista ainda tenta manobrar apesar da decisão de hoje e quer levar a votação pro plenário. “Resistiremos!”, prometeu a presidenta nacional do PT.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou hoje mais cedo que a PEC do voto impresso poderá ser avocada pelo Plenário, mesmo depois da derrota no colegiado. “Comissões especiais não são terminativas, são opinativas, então sugerem o texto, mas qualquer recurso ao Plenário pode ser feito”, explicou.

O líder da Frente Povo Sem Medo, Guilherme Boulos (PSOL), disse que a proposta do presidente golpista foi derrotada na primeira batalha. “Agora é no plenário.”

“Não Bolsonaro ameaçar”, afirmou o deputado Enio Verri (PT-PR). “As eleições acontecerão e ele vai ser derrotado nas urnas de forma democrática!”

O ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), escreveu no Twitter: “Vida que segue. A obsessão esotérica do Bolsonaro foi enterrada hoje pelo processo democrático.”

*Por Esmael Morais

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