Nunes rejeita ajuste salarial e agentes contra dengue entram em greve

Nunes rejeita ajuste salarial e agentes contra dengue entram em greve

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Servidores municipais que combatem endemias na capital paulista estão em greve por tempo indeterminado após o prefeito Ricardo Nunes (MDB) oferecer um reajuste de apenas 2% para a categoria.

Os agentes, responsáveis pelo enfrentamento a dengue, pediram um reajuste de 16% no salário. Volume de dinheiro do caixa da cidade represado pela gestão Nunes atingiu R$34 bilhões.

“Estamos literalmente dando suor para conseguir atender a população e aí o prefeito vem e oferece 2% de reajuste, chega a ser humilhante”, afirma Lucianne Tahan, agente na região da Casa Verde, zona norte da cidade.

Ao todo, 80% dos quase 2 mil agentes estão paralisados, segundo o Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindisep). A greve começou na última quarta-feira (13), quando Nunes enviou à Câmara Municipal a proposta de reajuste, prevendo um aumento de apenas 2%.

A categoria também reivindica o pagamento do IFA (Incentivo Financeiro Adicional). Eles afirmam que é um valor que funciona como um 14º salário repassado também pelo governo federal. “A prefeitura não repassa esse recurso para nós e também não diz onde é gasto essa verba”, diz Aloir Viola, agente de combate as endemias na região da Capela do Socorro. Ele faz parte do Sindsep também.

A proposta de reajuste feita pela prefeitura foi enviada à Câmara dos Vereadores no último dia 13, um dia após os servidores iniciarem a greve. Na quinta-feira (14), um protesto foi realizado durante uma agenda pública de Nunes em São Miguel Paulista, na zona leste, contra o reajuste oferecido pela administração.

Além dos agentes de combate a endemias, a paralisação ganhou adesão de professores e assistentes sociais. No caso dos docentes, além do reajuste, eles pedem também o pagamento de abonos complementares, que somam 39%.

Na próxima terça-feira (19), os servidores municipais em greve farão um ato em frente ao prédio da Prefeitura, no Viaduto do Chá, na região central da capital paulista. Além do prefeito, os trabalhadores querem pressionar os vereadores, para que o reajuste de 2% não seja aprovado.

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