OMS afirma que ocupação israelense em Rafah pode trazer ‘consequências devastadoras’

OMS afirma que ocupação israelense em Rafah pode trazer ‘consequências devastadoras’

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Chefe da agência de saúde da ONU, Tedros Ghebreyesus, expressou preocupação com mais de 1,4 milhão de palestinos refugiados que estão na cidade.

O chefe da agência de saúde da ONU, Tedros Ghebreyesus, pronunciou-se neste domingo (11/02) sobre os planos de Israel de evacuar os palestinos de Rafah, no sul de Gaza e fronteira com o Egito, a fim de expandir sua ofensiva contra o grupo palestino Hamas.

Segundo o líder da Organização Mundial da Saúde (OMS), tais planos são “extremamente preocupantes” e podem “ter consequências gravemente devastadoras para 1,4 milhão de pessoas que não têm mais para onde ir”.

Ghebreyesus faz referência ao fato de que Rafah é o destino de mais da metade da população palestina refugiada pela ofensiva israelense na Faixa de Gaza.

O representante da agência de saúde ainda lembra que a situação na cidade fronteiriça é preocupante, afirmando que não há “quase nenhum lugar para procurar atendimento médico”.

Em Rafah, famílias vivem em tendas improvisadas e encurraladas entre ofensiva a fronteira com Egito

“Todos os hospitais de Rafah estão sobrecarregados e transbordando. No restante da Faixa, a maioria dos hospitais estão funcionando minimamente ou não estão funcionando”, declarou em comunicado por meio das redes sociais.

Além disso, muitas famílias vivem em tendas improvisadas e encurraladas entre a ofensiva e a fronteira com o Egito.

Por fim, Ghebreyesus exigiu novamente um cessar-fogo imediato, incluindo a libertação dos reféns israelenses por parte do Hamas.

No entanto, segundo o grupo de resistência palestina, “qualquer ofensiva terrestre israelense em Rafah pode acabar com as negociações para libertar os reféns”.

Por sua vez, Israel declarou que as operações em Gaza possibilitam um “acordo realista” pela libertação dos reféns, contrariando o posicionamento do Hamas.

A ofensiva israelense em Rafah faz parte dos novos avanços do exército na Faixa de Gaza e foi anunciada dois dias após o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu rejeitar uma proposta de cessar-fogo em troca dos reféns.

*Opera Mundi

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