Ramagem diz não lembrar por que imprimiu tabela sobre rivais de Carlos

Ramagem diz não lembrar por que imprimiu tabela sobre rivais de Carlos

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Ex-diretor da Abin, o deputado federal Alexandre Ramagem disse no Metrópoles Entrevista que está sendo perseguido pela PF.

O deputado federal e ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem afirmou ao Metrópoles Entrevista não se lembrar por que imprimiu seis páginas contendo informações sobre investigações eleitorais sigilosas contra rivais políticos do vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL).

“Eu não sei que pastas são essas. Eu tinha uma impressora minha. Eles foram na minha impressora. Parece que tem 200 gigas de material impresso. Eu imprimi tudo o que eu recebo de informação. Essas informações culminaram em algum relatório de inteligência? Não sei.”

No comando da Abin entre 2019 e 2021, Ramagem, que é policial federal, argumenta que 90% das informações de inteligência levantadas são descartadas. E que faz parte do trabalho fazer inúmeras pesquisas. Para ele, a ilegalidade seria dar publicidade indevida. Questionado sobre o recorte específico dessa busca, que indica possível benefício político a Carlos, o parlamentar disse não se recordar de ter feito tal levantamento.

Transcrição do trecho:

“Eu não sei que pastas são essas. Eu tinha uma impressora minha, eles foram na minha impressora… Parece que tem 200 gigas de material impresso. Eu imprimi tudo o que eu recebo de informação. Eu emprego, como eu lhe falei, mais de 90% é destacado. Essas informações combinaram algum relatório de inteligência? Não sei. A ilegalidade de um diretor geral da Abin é da malversação da informação sigilosa ou revelá-la para dar publicidade indevidamente.”

Como já noticiado, a Polícia Federal (PF) confirmou que a impressão da planilha ocorreu em 28 de fevereiro de 2020. Ramagem, à época, era diretor da Abin e teria conseguido acesso a informações sigilosas de apurações da Superintendência Regional da PF no Rio de Janeiro. A planilha listava o número do inquérito, o nome do investigado, o cargo político e a filiação partidária. Com ela, era possível verificar os supostos crimes cometidos pelos políticos e os valores envolvidos em cada processo.

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