Nossa principal tarefa é enfrentar a extrema direita e fortalecer a reeleição de Lula, diz Gleisi

Nossa principal tarefa é enfrentar a extrema direita e fortalecer a reeleição de Lula, diz Gleisi

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PT espera voltar a crescer nos municípios após duas eleições consecutivas de queda e o pior resultado em 2020.

De volta ao Palácio do Planalto após a eleição presidencial mais acirrada desde a redemocratização, o PT vê as campanhas municipais de 2024 como etapa fundamental para reeleger o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e fazer o “enfrentamento com a extrema direita”.

“Disputar e eleger prefeitos é importante para esse enfrentamento com a extrema-direita”, afirma a presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), em entrevista à CNN. “Mesmo sendo de âmbito municipal, estas eleições vão refletir, principalmente nas grandes cidades, a disputa entre dois campos opostos, dois projetos de país, isso que a imprensa chama de polarização”.

O partido espera neste ano voltar a crescer nos municípios, após duas eleições consecutivas de queda e o pior resultado em 2020, quando venceu em menos de 200 municípios e não conquistou nenhuma capital. Gleisi Hoffmann explica que a participação direta de Lula nos palanques municipais “é uma agenda que tem que ser construída com ele”, mas as campanhas locais vão destacar “programas que atendem diretamente a população e investimentos do PAC”, entre outras medidas.

Na sua opinião, as eleições municipais vão manter a polarização vista no nível nacional, com o presidente Lula e aliados de um lado e o ex-presidente Jair Bolsonaro e apoiadores do outro?

A principal orientação para a formação de alianças nesta eleição é o compromisso com a reeleição do presidente Lula em 2026. Isso foi estabelecido desde o ano passado, por resolução do Diretório Nacional do PT. Este critério, obviamente, excluiu o apoio a candidatos bolsonaristas. Este é o caso de São Paulo e do Rio, para citar apenas os dois maiores colégios eleitorais do país, de alianças que cumprem os critérios já definidos. A outra orientação importante (para a formação de alianças) é fazer o enfrentamento com a extrema direita nestas eleições.

Então toda a estratégia do PT neste ano levará em conta esse enfrentamento?

Nós entendemos que esta é a principal tarefa do campo democrático e de esquerda na atual conjuntura. Mesmo sendo de âmbito municipal, estas eleições vão refletir, principalmente nas grandes cidades, a disputa entre dois campos opostos, dois projetos de país, isso que a imprensa chama de polarização. Disputar e eleger prefeitos é importante para esse enfrentamento com a extrema direita.

Em quais palanques o partido espera contar com participação direta do presidente Lula?

A participação direta do presidente Lula é uma agenda que tem de ser construída com ele. Mas não tenha dúvida de que o governo Lula estará muito presente em nossas campanhas, por meio de suas realizações nos municípios, dos programas que atendem diretamente a população, dos investimentos do PAC e das mudanças para melhor da vida do povo.

Em algumas das principais capitais, como São Paulo e Rio de Janeiro, o partido desistiu de ter a cabeça de chapa e vai apoiar aliados, ao contrário do que fez em 2020, quando lançou o maior número possível de candidatos. Quais foram os principais fatores que levaram o PT a mudar de estratégia?

O PT vê as eleições municipais como um momento muito importante no fortalecimento político do campo popular em que estamos inseridos, junto com outras forças políticas. Participamos, pela primeira vez, de eleições para prefeito e vereador como parte de uma Federação, com PCdoB e PV, o que já implica num primeiro diálogo interpartidário. Queremos ampliar esta frente em todos os municípios em que isso for possível, com outras forças do campo progressistas e também com partidos da base do governo Lula. Vamos lançar candidatos do PT ou dos parceiros da Federação, considerando o quadro eleitoral de cada cidade. Também faremos alianças para apoiar candidatos de outros partidos, naturalmente, obedecendo a critérios políticos claros.

 

 

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