Deputado Carlos Jordy é alvo da Operação Lesa Pátria para apurar atos golpistas de 8/1

Deputado Carlos Jordy é alvo da Operação Lesa Pátria para apurar atos golpistas de 8/1

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Político e pré-candidato à prefeitura de Niterói, parlamentar classifica ação como ‘medida autoritária’. Polícia Federal cumpre dez mandados de busca e apreensão no Rio e no Distrito Federal.

O deputado Carlos Jordy é alvo da Operação Lesa Pátria para apurar atos golpistas de 8/1Carlos Jordy (PL-RJ) é um dos alvos da 24ª fase da Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal, na manhã desta quinta-feira. Estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão na casa do parlamentar, em Niterói, região metropolitana do Rio, e em seu gabinete na Câmara dos Deputados. A ação tem o objetivo de identificar pessoas que planejaram, financiaram e incitaram atos antidemocráticos ocorridos entre outubro de 2022 e o início do ano passado, no interior do estado do Rio de Janeiro. Pelas redes sociais, o parlamentar aliado de Jair Bolsonaro classificou o mandado judicial como uma “medida autoritária”.

De acordo com a PF, ao todo, estão sendo cumpridos 10 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, no Rio (8) e no Distrito Federal (2). “Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa e incitação ao crime”, informou a corporação, em nota.

Líder da oposição na Câmara e pré-candidato à prefeitura de Niterói pelo partido de Jair Bolsonaro, Jordy (PL-RJ) é suspeito de promover atos antidemocráticos que contestavam o resultado das eleições presidenciais no ano retrasado, como bloqueios das rodovias no interior do Rio de Janeiro, diz O Globo.

As investigações apontam que esses atos liderados pelo deputado podem ter culminado nas invasões e depredações das sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro. Na ocasião, os prédios do Congresso, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Palácio do Planalto foram destruídas.

Nas redes sociais, o parlamentar classificou o mandado judicial como uma “medida autoritária”.

“Isso é a verdadeira constatação de que estamos vivendo em uma ditadura. Em momento algum no 8 de janeiro, eu incitei, falei para as pessoas que aquilo era correto, estive nos quartéis-generais quando estavam acontecendo todos aqueles acampamentos. Pelo contrário. Nunca apoiei nenhum tipo de ato, anterior ou depois do 8 de janeiro. Embora as pessoas tivessem todo o direito de fazer suas manifestações contra o governo eleito. Então é totalmente arbitrário. Não há nenhuma postagem minha, nada que possa ser colocado contra mim ou justifique essa medida autoritária de busca e apreensão”, disse no vídeo publicado.

Os demais alvos da operação desta quinta-feira são apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que montaram acampamento em frente à 2 Companhia de Infantaria do Exército, em Campos dos Goytacazes (RJ), e bloquearam trechos da BR-101 na mesma cidade. Os atos eram em protesto contra a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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