Um avanço significativo na guerra eletrônica foi alcançado por cientistas da China, conforme descrito em um estudo recente publicado na edição de novembro do Journal of University of Electronic Science and Technology of China.
Liderado pelo professor Jiang Weixiang, da Southeast University em Nanjing, o grupo de pesquisa revelou uma arma eletrônica capaz de emitir múltiplos feixes de ondas eletromagnéticas, usando uma única antena, para visar simultaneamente diversos alvos em diferentes localizações.
Esta nova tecnologia demonstra a habilidade de operar em alta potência e abranger uma ampla faixa de frequência.
A arma é projetada para ser eficaz mesmo contra equipamentos com técnicas anti-interferência avançadas, como o salto de frequência, representando um desafio substancial para as tecnologias de defesa atuais.
O artigo destaca a importância crítica do controle do espectro eletromagnético em conflitos futuros, sugerindo que nações menos avançadas podem perder esse controle antes mesmo de cederem território.
A pesquisa aponta para a necessidade de sistemas de contramedidas eletrônicas multifuncionais, com capacidades de mira em múltiplos alvos e de banda larga, para se adaptarem a confrontos de alta intensidade.
A equipe chinesa inovou ao desenvolver um método que permite a um conjunto de antenas estruturalmente simples operar na capacidade máxima, suprimindo múltiplos alvos em diferentes direções.
Além disso, o estudo apresenta um algoritmo que reduz significativamente a carga computacional, permitindo a aplicação mais ampla dessa tecnologia.
O envolvimento da Southeast University, instituição de destaque na China em engenharia eletrônica, e seus vínculos com a indústria de alta tecnologia, como a Huawei Technologies, reforçam a relevância do estudo.
A pesquisa também sublinha o rápido avanço da tecnologia militar chinesa, que pode capacitar nações menores a desafiar grandes potências militares.
O design da arma chinesa é distinto do desenvolvido por Israel, líder na tecnologia de guerra eletrônica com seu dispositivo Scorpius-SP.
Enquanto a antena chinesa possui uma estrutura de guia de ondas aberta, a israelense é composta por numerosos cones pontiagudos.
Este desenvolvimento marca um momento crucial na evolução da guerra eletrônica e sugere uma mudança significativa nas estratégias de combate militar futuras.
Com informações da South China Morning Post