Ministro de Israel é sancionado após sugerir uso de bomba nuclear em Gaza

Ministro de Israel é sancionado após sugerir uso de bomba nuclear em Gaza

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Em entrevista, ao concordar que ataque nuclear ‘seria uma opção’, ministro do Patrimônio israelense Amichay Eliyahu foi suspenso das reuniões do gabinete que classificou as declarações ‘desconectadas da realidade’

Um ministro ultranacionalista israelense foi sancionado neste domingo (05/11) pelo chefe do Governo Benjamin Netanyahu depois de afirmar que usar uma bomba nuclear contra a Faixa de Gaza na guerra contra o Hamas palestino seria “uma opção”. O ministro do Patrimônio israelense, Amichay Eliyahu, declarou em uma entrevista a uma rádio que não estava totalmente satisfeito com a escala da retaliação israelense no território palestino após o ataque mortal do Hamas em solo israelense em 7 de outubro.

Ao jornalista que lhe perguntou se, em sua opinião, a solução para o problema seria lançar “uma espécie de bomba nuclear sobre toda a Faixa de Gaza, arrasá-la e matar a todos”, o ministro respondeu: “É uma opção”.

E quando o jornalista lhe apontou que “destruir toda a Faixa de Gaza” também envolveria um preço a ser pago por Israel, ele sugeriu que estava pronto a aceitar que as vidas de mais de 240 reféns ainda detidos pelo Hamas em Gaza fossem colocadas em perigo. “Em uma guerra, há um preço a pagar. Porque as vidas dos reféns (…) são mais importantes do que as dos nossos soldados?”, ele questionou.

O gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu reagiu rapidamente, denunciando declarações “desconectadas da realidade” e acrescentando que o exército israelense se esforça para poupar os “não-combatentes” em Gaza. Netanyahu também suspendeu a participação do ministro nas reuniões do Governo “até novo aviso”.

Diante das reações causadas por suas declarações, o ministro publicou uma mensagem na rede social X afirmando que sua “declaração sobre as armas atômicas é metafórica”. “Mas precisamos absolutamente de uma resposta poderosa e desproporcional ao terrorismo”, acrescentou.

Ele também afirma em sua mensagem no X que Israel estaria comprometido “em fazer todo o possível para devolver os reféns sãos e salvos”.

*Opera Mundi

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