Controladoria Geral da União afirma que quase dois bilhões de reais em auxílios foram pagos indevidamente no governo Bolsonaro

Controladoria Geral da União afirma que quase dois bilhões de reais em auxílios foram pagos indevidamente no governo Bolsonaro

Compartilhe

Auditorias feitas pela Controladoria Geral da União (CGU) divulgadas nesta sexta-feira (22) informam que foram identificados R$ 1,97 billhão em auxílios pagos indevidamente em 2022, durante o governo Bolsonaro. Esses recursos foram distribuídos por meio de auxílio taxista e caminhoneiro.

O controlador-geral da União, Vinícius de Carvalho, frisou que esses auxílios começaram a ser pagos a partir de agosto de 2022, às vésperas das eleições de 2022. Para ele, houve um uso “deturpado” de programas sociais pela gestão Jair Bolsonaro.

“O que me parece claro é que houve, sim, um uso desses auxílios de maneira inadequada durante o período eleitoral. Seja pela concentração como do ponto de vista do completo descuido com o desenho do programa e com as pessoas que iam se inserir no programa”, disse Carvalho.

O controlador-geral disse também que as auditorias realizadas serão enviadas nesta sexta (22) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que deverá avaliar eventuais ilícitos eleitorais cometidos pelo então candidato à reeleição Jair Bolsonaro.

“Todos esses auxílios começam a ser aplicados a partir de agosto de 2022. Para vocês terem uma noção, no segundo turno das eleições, vejam a quantidade de consignado que foi colocada na praça; 93% do contratado foi durante esse período de 2022”, afirmou o ministro.

“O que estamos falando aqui é do uso desses instrumentos durante o período eleitoral e o impacto que isso teve – ou pode ter tido – no resultado eleitoral, e o uso da administração pública para beneficiar ou sustentar uma campanha”, acrescentou.

A auditoria da CGU também concluiu que R$ 8,4 milhões foram descontados, pela Caixa, de forma indevida de 46,8 mil famílias beneficiárias do Auxílio Brasil.

Segundo a CGU, essas famílias tiveram valores descontados sem terem contratado empréstimo consignado com o banco, possibilidade lançada pela gestão Bolsonaro em outubro de 2022.

O órgão verificou ainda que 5,1 mil famílias contrataram empréstimos que comprometeram o valor do benefício acima do limite permitido (teto era de 40%).

No governo Lula, o Auxílio Brasil, programa de transferência de renda, voltou a se chamar Bolsa Família.

 

Compartilhe

%d blogueiros gostam disto: