Moro obrigou o porteiro a desdelatar Bolsonaro

Moro obrigou o porteiro a desdelatar Bolsonaro

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O fato de Sergio Moro, textualmente, dar uma prensa no porteiro do Vivendas da Barra, obrigando o coitado a desdizer o que havia dito, ou seja, desdelatar Bolsonaro, afirmando que confundiu o número 66 com 58, este segundo, número da casa do seu Jair, é certamente um dos fatos mais bisonhos que aconteceram durante o governo Bolsonaro.

Mas Moro, ridiculamente, resolveu atacar o PT, dizendo que agora o partido foi a favor da delação premiada, quando todos sabem que quem assinou o Instituto da Delação Premiada foi justamente a presidenta Dilma Rousseff, do PT.

Dito isso, vamos à segunda questão. O que se sabe é que a Lava Jato não utilizou a delação premiada, mas sim a delação combinada, ensaiada, de cartas marcadas e, no máximo, uma delação assinada, porque, na verdade, não era o delator que produzia o conto para os procuradores se servirem, mas eram os procurados, comandados por Dallagnol, quem produzia a sinopse de uma delação forjada sem qualquer prova para atingir quem eles queriam.

Isso, sem falar que utilizavam expedientes criminosos com o uso de chantagem com familiares do delator para obrigá-lo a assinar a delação inventada e sem qualquer prova.

Talvez, por essa razão, um dos membros envolvidos na investigação do caso Marielle que estava hoje na coletiva, disse que a delação de Élcio de Queiroz não seria engolida com casca e tudo, tinha que ter prova, numa clara crítica ao modus operandi da Lava Jato.

Então, é ridículo Moro comparar as delações impostas pela Lava Jato com a delação de Élcio de Queiroz. O que Moro deveria se preocupar em responder é, por que na gestão de Flávio Dino no Ministério da Justiça avançou-se tanto na investigação do caso Marielle em somente seis meses e, por outro lado, ficou empacado durante os 16 meses em que Moro foi ministro de Bolsonaro, sem dar um passo na direção da elucidação desse crime bárbaro.

Dino, na CNN, foi objetivo em sua resposta, a coisa andou porque nós quisemos que andasse, bem diferente de Sergio Moro quando ministro da mesma pasta.

É bom Moro parar de grugulejar como um peru de papo cheio no Twitter. Todos sabem o que fez no verão passado.

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