Em entrevista coletiva, Jair Bolsonaro (PL) afirmou ter sofrido um “massacre” e relacionou o fato de ter se tornado inelegível à possibilidade de ter tomado um “golpe”. Por decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o ex-presidente não poderá disputar eleições pelos próximos oito anos.
Mesmo após a decisão, aprovada por 5 votos a 2, Bolsonaro voltou a atacar a corte que o condenou. Ele afirmou que, durante seu governo, o TSE teria “trabalhado contra suas propostas” e que foi “proibido” de mostrar imagens do presidente Lula (PT), que, segundo ele, seriam comprometedoras.
“Um Tribunal Superior Eleitoral que trabalhou contra as minhas propostas. Eu fui proibido de mostrar imagens do Lula defendendo o aborto, fui proibido de mostrar imagens do Lula defendendo dizendo que pode roubar um celular quando é pra tomar uma cervejinha”, disse o ex-presidente em entrevista coletiva após o término de sua audiência.
As alucinações de Bolsonaro não pararam por aí. O ex-mandatário ainda relacionou o fracasso e a negligência de sua gestão a um possível “boicote”.
“Fui proibido de fazer lives em minha residência, proibido de mostrar imagens do 7 de Setembro. Trabalharam contra mim!”, disse.
Olha o Bolsonaro acusando o golpe depois de se tornar inelegível passando na sua timeline. Não pode nem mentir mais ligando o boné da CPX ao crime organizado ou distorcendo as falas do Lula como se fosse favorável a roubar celular para tomar cerveja? Que país é este? Bolsonaro… pic.twitter.com/JFM0OuCWNZ
— GugaNoblat (@GugaNoblat) June 30, 2023
Nesta sexta-feira (30), o ex-presidente da República se tornou inelegível por oito anos após ter sido alvo de uma Aije no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que investigava falas realizadas pelo ex-capitão durante uma reunião com embaixadores em Julho do ano passado.
Na ocasião, Bolsonaro utilizou o encontro para desferir acusações, sem provas, ao sistema eleitoral brasileiro, além de ataques a ministros da Corte e do Supremo Tribunal Federal (STF).
*Com FCM