Como o antigo partido de Moro pode influenciar o processo de sua cassação

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O Podemos, antigo partido de Sergio Moro, terá, em breve, um prazo de dez dias para repassar ao TRE do Paraná a documentação relativa às contratações que fez enquanto o hoje senador esteve filiado entre seus quadros, de novembro de 2021 a março de 2022, diz Lauro Jardim, O Globo.

A sigla foi convocado a auxiliar na produção de provas das ações do PL e do PT que podem levar o ex-juiz da Lava-Jato à cassação. E, embora ainda não tenha sido oficialmente intimado sobre o tema, dispõe de documentos que dialogam com as acusações feitas contra Moro pelos dois partidos.

Entre eles, estão contratos para produção de vídeos; realização de pesquisas de opinião e prestação de serviços advocatícios, bem como despesas com passagens áreas e hospedagens para Moro e família.

Os registros podem reforçar a ideia sustentada pelo PL de que Moro gastou acima do permitido na campanha e, assim, conquistou uma superexposição capaz de desequilibrar o pleito a seu favor.

Há ainda outro possível agravante. O Podemos, assim como a candidatura de Moro no União Brasil (seu atual partido), contratou empresas sob indicação do ex-juiz.

Entre elas, a Bella Ciao Consultoria, do advogado Luís Felipe Cunha, hoje suplente de Moro. A firma é mencionada pelo PL ao TRE-PR como parte de um possível esquema de caixa dois na campanha.

Se os relatórios do Podemos não demonstrarem que houve a adequada prestação dos serviços contratados, por exemplo, a argumentação pró-cassação poderá ficar ainda mais forte.

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