Bolsonaro perde a linha com Valdemar da Costa Neto, após este lhe negar dinheiro

Bolsonaro perde a linha com Valdemar da Costa Neto, após este lhe negar dinheiro

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Ex-presidente quer ser bancado em estadia sem hora para acabar na Flórida e teria trocado insultos por telefone com aliado.

Com medo de voltar para o Brasil e enfrentar os diversos processos que o esperam no Supremo Tribunal Federal, no Tribunal Superior Eleitoral e na Justiça comum, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) faz questão de ser bancado pelo PL enquanto passa uma temporada sem fazer absolutamente nada em Orlando, na Flórida. Mais cedo, Valdemar da Costa Neto, presidente do seu partido, afirmou para a Rádio CBN que o ex-mandatário voltaria ao Brasil ainda neste mês. Foi o suficiente para Jair perder a linha e iniciar uma briga de enormes proporções com o aliado.

Bolsonaro teria telefonado para Valdemar após sua entrevista à CBN ser repercutida em diversos outros meios de comunicação, exigindo o pagamento do salário combinado entre ambos. No entanto, como presidente de uma legenda que está com R$ 13,6 milhões bloqueados após embarcar em teorias conspiratórias do próprio Jair a respeito dos resultados eleitorais, Valdemar manteve-se firme em sua posição inicial a respeito do assunto: só irá bancar Bolsonaro após seu retorno ao Brasil.

Valdemar aposta que Bolsonaro pode ser útil para unir a oposição ao governo Lula, ao mesmo tempo que não quer ser acusado de financiar as ‘férias’ de alguém que pode vir a ser preso no futuro. Mas é claro que nenhum argumento de Valdemar, por mais racional ou pragmático que seja, convencerá o ex-presidente.

“Me dá dinheiro, porra!”, teria esbravejado Jair Bolsonaro a Valdemar da Costa Neto durante a ligação, de acordo com fontes próximas a ambos que falaram à coluna de Daniel César, no Último Segundo – Ig. As fontes relataram um “verdadeiro barraco” entre os dois, com trocas de insultos e xingamentos.

Bolsonaro teria ameaçado “colocar a boca no trombone” caso não recebesse, até o fim do mês, o pagamento de Valdemar. Em outras palavras, isso significa abandonar a sigla, jogá-la para ‘os leões’ do gabinete do ódio e “abrir a boca”. O ex-presidente ameaça que o partido terá “sérios problemas” caso comece a falar o que sabe. Valdemar, no entanto, garantiu que não irá ceder aos caprichos de Bolsonaro e que, para receber o salário acordado, terá de cumprir sua parte do acordo e voltar ao Brasil.

*Com Forum

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