TSE tira a monetização da produtora Brasil Paralelo e intima Carlos Bolsonaro por fake news

TSE tira a monetização da produtora Brasil Paralelo e intima Carlos Bolsonaro por fake news

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O Tribunal determinou que o vereador Carlos Bolsonaro se manifeste em até três dias e mandou as redes sociais identificarem 28 perfis que estariam compartilhando notícias falsas.

O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, intimou o vereador Carlos Bolsonaro a se manifestar em uma ação da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre difusão de fake news. A decisão também manda o YouTube desmonetizar quatro canais de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), incluindo o da produtora Brasil Paralelo, por difusão de conteúdos falsos contra o petista.

Carlos deverá explicar sobre a “utilização político-eleitoral de seus perfis nas redes sociais” e o pedido da campanha do PT para que suas contas sejam suspensas.

A decisão ainda determinou ao Twitter, YouTube e o Google que identifiquem 28 perfis que estariam compartilhando fake news de forma anônima nas plataformas. Se isso não for possível, as contas deverão ser excluídas.

O corregedor suspendeu também o lançamento de um dos vídeos planejados pela Brasil Paralelo que seria divulgado a seis dias do segundo turno. O documentário, intitulado “Quem mandou matar Jair Bolsonaro?” só poderá ser exibido a partir do dia 31 de outubro, um dia depois da votação.

Preocupante“. Benedito Gonçalves disse ser “preocupante” que os canais produzam conteúdo para endossar o discurso de Bolsonaro se valendo de notícias falsas “prejudiciais ao candidato Lula, com significativa repercussão e efeitos persistentes” mesmo após a remoção dos conteúdos. Segundo Benedito, os canais adotaram “comportamento simbiótico” em relação à campanha de Bolsonaro.

Movimentam vultosos recursos financeiros, tanto arrecadados junto a assinantes e via monetização, quanto gastos em produção e impulsionamento de conteúdos”Benedito Gonçalves, corregedor eleitoral no TSE.

“Quanto mais visto é um vídeo, maior sua chance de ser multiplicado pelo valor alto. Quanto menos visto, maior a chance de ser multiplicado pelo valor baixo”, disse, em entrevista em maio.

Fora o YouTube, o Brasil Paralelo tem uma base considerável de apoiadores, que pagam de R$ 19 a R$ 59 por mês para ter acesso ao conteúdo via aplicativo da própria produtora. Reportagem da revista piauí mostra que, em 2020, com 197 mil assinantes, a empresa fechou o ano com receita de R$ 29,9 milhões.

*Com Uol

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