O bolsonarismo foi vencido no Twitter nesta segunda (22) durante a sabatina de Jair Bolsonaro no Jornal Nacional. Segundo levantamento do cientista de dados Pedro Barciela, o discurso de apoiadores do presidente ficou restrito na rede social e teve dificuldade de dialogar com outros campos políticos. Ele aponta ainda que o antibolsonarismo contou com o apoio de novos usuários, que se engajaram contra o chefe do Executivo.
A coleta dos dados foi feita durante a entrevista de Bolsonaro, que durou 40 minutos. O cientista de dados alega que não dá para saber se o presidente “foi bem” ou “foi mal”, mas afirma: “Fato é que aqui, nesta plataforma, Jair Bolsonaro falou para convertidos e, ainda assim, não os empolgou”.
“Essa ‘falta de empolgação’ é ruim? Talvez. Fato é que o antibolsonarismo conseguiu, mais uma vez, expandir seu campo de atuação nessa mesma plataforma. Algo que, de novo, o bolsonarismo não conseguiu”, finalizou.
Coleta feita no Twitter durante a participação de Jair Bolsonaro no Jornal Nacional.
Pós-JN: o bolsonarismo (🟢) segue restrito a 23% dos atores e com dificuldade em dialogar com outros campos. Já o antibolsonarismo (🔵26%) vê novos usuários (🔴37%) engajados com o cluster. PS: "bolsonaro imita falta de ar" é uma das buscas em destaque pós entrevista no Google. pic.twitter.com/4vwrd4Rx8c
— Pedro Barciela (@Pedro_Barciela) August 23, 2022
https://twitter.com/Pedro_Barciela/status/1561879112578367488?s=20&t=I3DcjoDdoGLKDUBYBg_d6A
A sabatina do presidente não teve uma boa repercussão nas redes sociais. Estudo da Quaest mostrou que 65% das reações nas plataformas digitais foram negativas, enquanto somente 35% delas foram positivas. Bolsonaro teve altos e baixos durante a entrevista e fez os termos “mentiroso no JN”, “governo sem corrupção” e “fake news” bombarem nas redes.
*Com DCM