Campanha ‘Fora Bolsonaro’ avalia retomar protestos de rua após nova ameaça golpista do presidente

Campanha ‘Fora Bolsonaro’ avalia retomar protestos de rua após nova ameaça golpista do presidente

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Reunião das frentes populares nesta sexta vai debater como tratar o agravamento dos ataques às instituições pelo presidente da República.

Movimentos sociais que integram a campanha “Fora, Bolsonaro” se reúnem nesta sexta-feira (22) para debater como tratar a nova ameaça golpista do presidente da República. A campanha é composta pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, além de movimentos sociais e sindicais, entidades e coletivos populares.

A reunião é provocada pelas falas do chefe do Executivo durante o encontro com embaixadores, na última segunda-feira (18), em Brasília. Na ocasião, Bolsonaro voltou a questionar a confiabilidade das urnas eletrônicas e a atacar ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Supremo Tribunal Federal (STF). Além de sugerir apoio das Forças Armadas às suas intenções golpistas, já que figuras como o ministro da Defesa e ex-comandante do Exército, o general Paulo Sérgio Nogueira, estiveram no evento. “Basicamente essa reunião foi emblemática de como o governo Bolsonaro tem encaminhado essa perspectiva de golpe”, destaca o integrante da Frente Povo Sem Medo e do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) Rafael Rud.

A avaliação do ativista é de que, se as organizações populares “não reagirem agora, pode ser tarde demais. E a gente entre em um campo de retrocessos que podem ser irreparáveis para a democracia e as eleições. Então a ideia é que a gente de alguma forma também atenda esse clamor da sociedade, que está temerosa diante dessas manifestações de Bolsonaro atacando a democracia e o sistema eleitoral brasileiro”, explica Rud sobre a reunião.

Retomada dos atos de rua

Por sua vez, Raimundo Bonfim, da Central de Movimentos Populares (CMP) e da Frente Brasil Popular, afirma que entre as ações que serão avaliadas pela organização da campanha “Fora, Bolsonaro” está a retomada dos atos de rua. Ao longo do ano passado, a campanha foi responsável pela realização de ao menos oito mobilizações pelo impeachment do presidente da República.

Bonfim lembra, no entanto, da proximidade das eleições, cenário que deve influenciar a decisão sobre a viabilidade de novas manifestações. “Estamos em período eleitoral, você tem uma parcela grande da sociedade que está debatendo projetos políticos. Vamos avaliar todas as possibilidades de ter uma reação(…) Nós achamos que é preciso dar uma organizada nessa reação, para que ela atinja amplos setores da sociedade civil, independentemente do debate eleitoral. Esse é um momento também de fazer essa defesa”, analisa.

*Com Rede Brasil Atual

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