Datafolha: Mais de 80% dos brasileiros são favoráveis ao ensino de gênero e sexualidades nas escolas

Datafolha: Mais de 80% dos brasileiros são favoráveis ao ensino de gênero e sexualidades nas escolas

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O levantamento também revela que a maioria da população desconhece o Escola Sem Partido e reprova o ensino militar e domiciliar.

Pesquisa realizada pelo DataFolha sob encomenda pela Ação Educativa e pelo Centro de Estudos e Pesquisa em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec) revela que 90% da população acredita que a escola pública deve respeitar todas as crenças, inclusive o candomblé, a umbanda e as pessoas que não têm religião, diz Forum.

Outro dado que vai de encontro com parte de certo discurso conservador muito presente nas redes sociais diz respeito ao ensino de questões que envolvam gênero, sexualidades e direitos LGBT: 7 em cada 10 brasileiros concordam que a educação sexual seja abordada no ambiente escolar.

Além disso, mais de 90% concordam que o debate sobre gênero e sexualidades na sala de aula ajuda crianças e adolescentes a se prevenirem contra abusos e que estudantes devem receber, na escola, informações sobre leis que punem a violência motivada por gênero.

Outro dado da pesquisa que chama atenção é fato de que 81% dos entrevistados concordam que as escolas devem promover o direito de as pessoas viverem sua sexualidade, sejam elas heterossexuais ou LGBTs.

78% dos entrevistados discordam que pais tenham o direito de tirar seus filhos da escola e ensiná-los em casa, o que revela uma alta rejeição ao projeto de homeschooling que tramita no Congresso Nacional.

Já outros 72% dos entrevistados dizem confiar mais em professores do que em militares para trabalhar em instituições de ensino.

Muito popular nas redes sociais, o grupo Escola Sem Partido, que defende censura nos materiais didáticos, é desconhecido por 73% dos entrevistados.

A pesquisa nacional Educação, Valores e Direitos, foi realizada pelo instituto DataFolha com 2.090 brasileiros com idades entre 16 anos ou mais de 130 municípios, de 8 a 15 março de 2022. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos. O estudo foi encomendado pelo Cenpec e pela Ação Educativa.

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