Partidos veem risco de Bolsonaro tentar golpe eleitoral, e autoridades se calam

Partidos veem risco de Bolsonaro tentar golpe eleitoral, e autoridades se calam

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Oposição e legendas independentes avaliam, na maioria, que sinalizações antidemocráticas do presidente têm que ser levadas a sério.

A maioria dos principais partidos de oposição e independentes afirma que os recentes ataques de Jair Bolsonaro (PL) ao sistema eleitoral e a ministros das cortes superiores representam um comportamento golpista que precisa ser levado a sério, segundo o uol.

A Folha procurou nos últimos dias os chefes dos três Poderes, de tribunais superiores, do Ministério Público Federal e dos principais partidos políticos, além dos presidenciáveis e entidades representativas do empresariado e da sociedade civil.

Nenhuma das autoridades da República quis se manifestar sobre o assunto, entre elas os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, além do chefe do Ministério Público Federal, Augusto Aras.

Entre os principais partidos políticos e os presidenciáveis, os presidentes do PT, Gleisi Hoffmann, União Brasil, Luciano Bivar (também presidenciável), PSDB, Bruno Araújo (que disse preferir o termo “ameaças ao Estado de Direito” a “golpe”), do MDB, Baleia Rossi, do PSB, Carlos Siqueira, e do PDT, Carlos Lupi, além dos pré-candidatos Simone Tebet (MDB), Luiz Felipe d’Avila (Novo) e Vera Lúcia (PSTU) classificaram as declarações e ações de Bolsonaro como um preocupante comportamento golpista.

Esses políticos concordam que o país deve se preocupar com a possibilidade de o presidente tentar um golpe eleitoral. Eles se dividem, entretanto, ao serem questionados se isso representa que as eleições estejam sob risco. Gleisi, Tebet, d’Ávila e Vera Lúcia dizem que sim, e os demais, que não.

Já o presidente do PSD, Gilberto Kassab, marcou na enquete ela

borada pela Folha a opção de que as declarações do presidente da República são apenas blefe, em sua avaliação, mas que mesmo assim o país deve se preocupar com a possibilidade de Bolsonaro tentar golpe eleitoral.

Somente o presidente do PSC, Marcondes Gadelha, marcou a opção de que Bolsonaro faz críticas dentro de sua liberdade de expressão e assim o tema deve ser tratado.

Os partidos que comandam o centrão (PP, PL), grupo que dá sustentação ao governo, não responderam, assim como outros pré-candidatos à Presidência.

Entre as instituições que silenciaram estão a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) e a Febraban (Federação Brasileira de Bancos).

 

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