Bia Kicis é bloqueada no YouTube por propagar desinformação

Bia Kicis é bloqueada no YouTube por propagar desinformação

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A deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) foi bloqueada no YouTube por propagar desinformação. Ela, que é presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, foi suspensa da rede por sete dias. A punição aconteceu depois que um vídeo no canal da parlamentar com desinformação sobre vacinação infantil foi excluído por violar as regras sobre a Covid-19 na última sexta (25).

O vídeo removido era uma live com duração de mais de quatro horas postada em 6 de janeiro em que ela defenda que crianças não sejam vacinadas contra a Covid-19. A transmissão ao vivo contou com a participação dos deputados Chris Tonietto (União Brasil-RK) e Diego Garcia (Podemos-PR), além do procurador de Sergipe José Paulo Veloso, da médica bolsonarista Roberta Lacerda, entre outros críticos.

O anúncio foi feito nas redes sociais da deputada. Para burlar a decisão do YouTube, a parlamentar pediu que os seguidores acompanhassem uma página reserva com mais de 3 mil seguidores. “Agradeço a todos que se inscreveram no meu canal reserva, mas fui informada pelo YouTube que se eu fizer a live por lá, isso seria considerada (sic) uma burla à minha suspensão e poderei perder em definitivo ambos meus canais”, escreveu em uma página no Telegram.

Vídeo de Bia Kicis se junta a outros 47 que foram removidos de canais bolsonaristas

Segundo o levantamento da Novelo Data, o vídeo da parlamentar se junta a outros 47 que foram removidos de canais da base bolsonarista nos últimos três meses, a maioria relacionados à questão da vacinação. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o pastor bolsonarista Silas Malafaia estão entre as pessoas que tiveram vídeos suspensos.

Um mês atrás, a deputada ficou temporariamente impedida de fazer transmissões de vídeo ao vivo no Instagram. Kicis está entre os investigados no inquérito que apura fake news e ameças contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

O YouTube informou em nota que não permite “conteúdo com alegações de que as vacinas causam efeitos colaterais crônicos além das reações adversas raras que são reconhecidas pelas autoridades de saúde, que questione a eficácia dessas vacinas com alegações de que elas não reduzem a transmissão e a contaminação por doenças ou ainda que questione as substâncias contidas nas vacinas”.

*Por DCM

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