Paola foi acusada de ter um “caso extraconjugal” com o homem que a estuprou. Ela foi até uma delegacia de polícia acompanhada pelo então cônsul mexicano no Catar, Luis Ancona. Eles levaram um atestado médico, além de fotografias dos hematomas que o homem deixou em seus braços, ombros e costas. “Quando perguntado se eu queria uma ordem de restrição, não fazer nada ou ir para a última instância, eu congelei, em choque. Por medo e falta de sono, e me virei para ver o cônsul, que recomendou que eu fosse ao último recurso”.
Em uma outra delegacia, ela ficou cara a cara com o agressor, que afirmou ter um caso amoroso com a mexicana. Ela foi acusada, então, de ter um caso extraconjugal com o agressor, o que levou à condenação de sete anos de prisão e 100 chicotadas.
Mexicana denuncia ausência de apoio do consulado
Paola conseguiu sair do Catar e hoje está na Cidade do México com familiares, mas ainda responde pelo caso de adultério no país. Ela também denunciou nas redes sociais o pouco apoio que recebeu do consulado. “Observei o pouco, ou melhor, o despreparo da Embaixada para atuar em minha defesa. Nenhum dos diplomatas falava nem um pouco de árabe, mas também não tinha o menor conhecimento das leis locais”.
Na última sexta (18), o secretário de Relações Exteriores (SER), Marcelo Ebrard, escreveu no Twitter que “O consultor jurídico do SRE, nosso melhor advogado, ficará encarregado de defendê-la e que todos os seus direitos como cidadã mexicana sejam respeitados”.
*Por DCM