De acordo com a reportagem, o esquema foi montado pela própria Ana Cristina que também é suspeita de operar um esquema de fraude no seguro DPVAT.
Segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro, a ex-mulher do presidente Bolsonaro atuava como advogada nos processos envolvendo o seguro para lavar o dinheiro do esquema de Carluxo.
Os promotores descobriram na investigação que ela foi sócia de um escritório de advocacia, o Valle Ana Advogados, e outras duas empresas de seguros. Isso aconteceu na época em que Ana Cristina era chefe de gabinete do vereador.
Uma das sócias no escritório era Lidiane Castro Morgado, esposa de Marcelo Morgado, proprietário de uma funerária investigada por justamente operar fraudes no DPVAT.
Neste esquema, o empresário adiantava uma parte do dinheiro do seguro em troca de obter a procuração das vítimas de acidentes de trânsito. Com o documento, Morgado recebia e colocava no bolso a maior fatia do seguro destinado às famílias das vítimas.
“Ele que pegava, ele que acionava as famílias, né, quando tinha, havia o acidente. Ele chegava no ato, acionava as famílias, oferecia todo o custo, né, para o funeral, todo o traslado, né. Mas só que isso aí tudo era superfaturado, entendeu? Era floricultura, para funerária, inclusive porque tudo pertencia ao pai dele”, contou Marcelo Luis Nogueira dos Santos, ex-assessor do gabinete do então deputado Flávio Bolsonaro.