Como qualquer representante da especulação financeira internacional, Paulo Guedes foi grande defensor do congelamento do investimento nos próximos 20 anos. O resultado óbvio, seria o engessamento do governo frente a qualquer crise econômica.
A lógica é simples, como a economia brasileira, assim como a maioria das economias ocidentais é dependente do estado em mais de 65%, sem ampliação dos gastos do governo, não retorno de crescimento e, com isso, não há ampliação da arrecadação de impostos. Como resultado, o Brasil não tem mecanismos para sair da crise atual.
Agora, que mundo real bateu à porta do especulador que agora é ministro da economia, o pateta que lucra com a explosão do dólar, passou a defender que o limite do teto de gastos deva ter alterações, ou inclusão de exceções. Ou seja, agora, ele é contra o teto de gastos.
A herança maldita de Bolsonaro, para o próximo governo, será absoluta, já que sem o teto de gastos, o atual governo vai torrar tudo que for possível, ampliando dramaticamente o endividamento, na ânsia de ser reeleito. Como Bolsonaro não tem responsabilidade com nada, é certo que será esse o caminho escolhido, já que sua derrota é certa.
Na luta entre ser reeleito e ser preso, Bolsonaro e Paulo Guedes mordem o próprio rabo. O mercado elegeu Bolsonaro para ter Paulo Guedes e a realidade deu um choque de gestão, ou choque “digestão” em Guedes. Em outras palavras, ou joga o teto de gastos para o espaço, ou tem a cabeça guilhotinada em 2022.