Por que sentimos tanto a partida de Paulo Gustavo?

Por que sentimos tanto a partida de Paulo Gustavo?

Compartilhe

Antes de falar sobre questões sociais, a importância de explicitar a diversidade humana e adentrar a TV aberta com possibilidades de gênero e construção de famílias heterodoxas, prefiro fala por mim, aliás, por nós, eu e minha noiva.

Assim que foi lançado o filme “Minha Mãe é Uma Peça 3”, eu e minha noiva fomos ao cinema, sendo a primeira vez juntos, aliás, voltamos três vezes para assistir.

O momento dividia duas paixões da minha vida, a comédia e Star Wars, Paulo Gustavo teve mais bilheteria que a franquia mais conhecida do cinema mundial. Sim, uma homem gay, vestido de mulher, no cinema local, vencia a maior franquia da história do cinema.

Mas, há algo mais belo e importante nisso tudo, que criou identidade direta em nós, eu e a minha noiva, naquele filme e que está presente na vida de pessoal de Paulo Gustavo. No final do filme, o casamento do filho da Dona Ermínia, com um rapaz, era permeado com a presença de dois filhos do casal homoafetivo. Essa identificação, cuja visão alegre e feliz de uma família que a sociedade conservadora mostra como uma doença, nos inspirava.

Pessoalmente, a possibilidade de uma família com filhos, avós, sogra e aceitação é tão importante para quem tem um relacionamento LGBT, como temos, que a simples imagem projetada no cinema, nos fez tão bem, que nos inspira.

Paulo Gustavo mostrou o caminho para muitos casais como nós, de um homem e uma mulher trans, é por isso, que sentimos tanto a sua partida.

Compartilhe

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

%d blogueiros gostam disto: