Movimentos sociais preparam atos que irão culminar no 7 de Setembro: “Não vamos deixar as ruas vagas para eles”, diz João Paulo ao blog.
Vários movimentos sociais que integram a campanha “Fora, Bolsonaro” decidiram retomar as mobilizações de ruas à medida que se aproxima o 2 de outubro, data da votação do primeiro turno.
Até o 7 de Setembro, quando bolsonaristas prometem encher as ruas a favor do presidente, com alta chance de ataques às instituições, como o STF e o TSE, esses movimentos programam pelo menos três atos.
Um dos líderes nacionais do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Paulo Rodrigues (acima, na foto) disse ao Blog do Noblat que o objetivo é “não deixar as ruas vagas para o bolsonarismo”. Rodrigues é um dos mais próximos aliados de Lula ligado a esses movimentos.
A ideia é acostumar as pessoas a voltarem a se mobilizar e, em setembro, ter um “caldo de luta” para mostrar a resistência aos ataques golpistas de Bolsonaro e seus seguidores.
Agora no fim de agosto terá mobilização de segmentos da agricultura familiar e de mulheres negras latinoamericanas. Em agosto, os eventos envolverão estudantes, entre 11 e 13 de agosto, em São Paulo, em defesa da democracia. Entidades, como a Comissão Arns e outras, estarão presentes.
E entre 6 e 10 de setembro, haverá talvez a maior dessas mobilizações, em todo o país. Os movimentos vão aproveitar a comemoração do bicentenário da independência.
“O importante é criar um caldo de luta e que possa sinalizar a Bolsonaro e aos seus que estamos atento. Não vamos deixar as ruas vagas para o bolsonarismo na véspera da eleição. Estaremos nas ruas, mas sem cair em provocações. Não achamos que, necessariamente, precise envolver a campanha de Lula. O objetivo principal é a resistência contra a ofensiva golpista bolsonarista, protestar contra as ações do Congresso, que tem se mostrado de que lado está, e mostrar a fome e a miséria que atingem o país”, disse João Paulo Rodrigues.