Em entrevista à Veja, o general Joaquim Silva e Luna chorou ao falar sobre sua demissão do cargo de presidente da Petrobras por Jair Bolsonaro (PL). Segundo a revista, o militar ficou muito chateado com o “processo de fritura que considera desrespeitoso à sua biografia”.
“Quando fala sobre isso seus olhos se enchem de lágrimas e a voz lhe foge”, dizem os repórteres Victor Irajá e Felipe Mendes, a quem Silva detalha o histórico de pressões por parte do chefe do Executivo para intervir na estatal.
“Tem coisas para mim que são sagradas, e a mais importante é minha biografia. Quero minha reputação íntegra, para quem quiser olhar. Não aceito que ninguém jogue pedra nisso aqui e, por consequência, na própria empresa”, afirma o general.
“Pressões de Bolsonaro sempre foram crescentes”, diz Silva e Luna
De acordo com Silva e Luna, as pressões de Bolsonaro para controlar a política de preços da empresa “sempre foram crescentes”. Ele, no entanto, destaca que “foram todas absorvidas, nunca cedidas”.
“Essas resistências foram crescendo, foram feitas algumas sinalizações públicas. Mas eu não abandonaria o campo de batalha. Não me senti surpreendido com o desfecho. A forma me surpreendeu um pouco”, declara.
*Por DCM