Coletivo judaico envia carta a Lula pedindo fim de comércio militar com Israel

Coletivo judaico envia carta a Lula pedindo fim de comércio militar com Israel

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O coletivo Vozes Judaicas por Libertação enviou uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para solicitar que o Estado brasileiro incremente as medidas que vem tomando em repúdio ao massacre cometido pelas Forças Armadas de Israel (IDF, por sua sigla em inglês), contra os civis palestinos residentes na Faixa de Gaza.

A mensagem, elaborada em conjunto com a organização Anistia Internacional, defende que Brasília deve impor um embargo à importação e exportação de armas e demais equipamentos militares com Israel.

A carta conta com o apoio de figuras públicas, como os músicos Chico Buarque e Emicida, a jurista Carol Proner, a cineasta Petra Costa, a socióloga Ana Prestes, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-ministro dos Direitos Humanos Paulo Sérgio Pinheiro, o educador e comunicador Jones Manoel, o professor Vladimir Safatle e o escritor Milton Hatoum.

Entre as organizações que se somaram à causa estão a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Federação Árabe Palestina do Brasil (FEPAL), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), o Movimento Negro Unificado (MNU), as Mães de Maio e a Rede Universitária de Solidariedade à Palestina. estão entre as mais de sessenta organizações e

A missiva é endossada por quatro partidos políticos: Unidade Popular (UP), Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU). Também conta com as assinaturas de 25 parlamentares, incluindo as deputadas Juliana Cardoso (PT-SP) e Erika Hilton (PSOL-SP) e o deputado Eduardo Suplicy (PT-SP).

A Opera Mundi, o cientista político Bruno Huberman, professor de Relações Internacionais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), afirmou que a carta tem como objetivo “convencer o governo brasileiro a aprofundar uma postura que ele já tem assumido”.

Para ele, isso é: “criticar as ações de Israel na Faixa de Gaza, que o Planalto entende se tratar de um genocídio, e portanto tomar ações mais efetivas, com base nesse entendimento já demonstrado”.

“Por exemplo, os diversos acordos militares, para compras de armas e equipamentos, que o Brasil mantém com Israel nas últimas décadas, devem ser revistos. O Brasil, sob a liderança do presidente Lula, é muito bom em tomar ações simbólicas de solidariedade com os palestinos, mas desejamos ver ações mais efetivas”, acrescentou o acadêmico.

Na carta, os signatários apontam que urge uma “ação efetiva do governo brasileiro para interromper a ofensiva em curso e, assim, “mobilizar o sistema internacional tomar medidas coletivas condizentes com o Direito Internacional e com a promoção dos direitos humanos”.

*Opera Mundi

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