A CNN Brasil enfrenta uma crise interna com a saída de Renata Agostini e Thaís Arbex, que discordaram da edição de um documentário sobre os eventos de 8 de janeiro.
Arbex já confirmou sua mudança para o Ministério da Justiça, enquanto Agostini assinou seu distrato nesta sexta-feira, 2, após anunciar sua saída em 9 de janeiro.
A controvérsia teve início em 2023, com divergências sobre a origem do projeto do documentário “Ataque aos Poderes: Um Breaking News que abalou a política brasileira”.
As versões divergem entre uma iniciativa das jornalistas e uma solicitação da direção da CNN Brasil, motivada pela produção de um material semelhante pela GloboNews.
Após a conclusão das gravações, as jornalistas expressaram descontentamento por não terem acesso à edição final do documentário, que foi exibido sem sua prévia aprovação.
Além disso, uma entrevista com o ex-presidente Jair Bolsonaro, conduzida por Leandro Magalhães e não pelas jornalistas responsáveis pelo projeto, gerou insatisfação adicional.
Em resposta, Agostini, Arbex e Jussara Soares solicitaram a remoção de seus créditos do documentário, o que foi atendido a partir do segundo episódio.
As jornalistas também criticaram a entrevista com Bolsonaro, alegando a falta de questionamentos sobre seu indiciamento em atos antidemocráticos.
A CNN Brasil, após semanas de silêncio sobre as saídas, confirmou o desligamento de Agostini em uma nota, agradecendo sua contribuição e desejando sucesso em futuros desafios.
Em suas redes sociais, Agostini agradeceu à CNN Brasil e mencionou sua decisão pessoal de deixar a emissora.
Este episódio destaca tensões internas na CNN Brasil e levanta questões sobre a independência editorial e a gestão de crises na redação.
*Com F5