Tensão entre as Coreias: Seul ameaça Pyongyang e fala em ‘golpe letal no coração e na cabeça do inimigo’

Tensão entre as Coreias: Seul ameaça Pyongyang e fala em ‘golpe letal no coração e na cabeça do inimigo’

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Rocio Paik*

Ministro da Defesa sul-coreano Shin Won Sik orientou oficiais a adotarem ações ‘imediatas, fortes e letais’ contra vizinho do Norte, que tem provado grandes avanços tecnológicos e bélicos.

Nosso papel é apenas desferir um golpe letal no coração e na cabeça do inimigo”, foi a orientação dada pelo ministro da Defesa da Coreia do Sul, Shin Won Sik, aos oficiais militares durante uma visita na sede do Comando Estratégico de Mísseis do Exército, nesta sexta-feira (08/12).

Diante das crescentes tensões com a Coreia do Norte, Shin foi inspecionar a preparação dos comandantes e, a eles, enfatizou a importância do fortalecimento mental em caso de uma possível guerra: “não importa quão bom seja um sistema de armas, é inútil se a mentalidade dos soldados for fraca. ”

O sul-coreano chegou a mencionar o “sistema de três eixos”, que é a estratégia de resposta implementada pelos militares de Seul às armas nucleares e mísseis de Pyongyang, reforçando a necessidade do exército de estar atento para disparar “mísseis de longo alcance e alta potência” a qualquer momento: “a verdadeira paz é construída por meio de um poder avassalador e pela convicção de usar esse poder a qualquer momento”.

Sobre as “provocações do inimigo”, o ministro da Defesa reforçou um lema que tem usado continuamente desde a sua posse contra o governo norte-coreano: “jeuk-kang-kkeut”, uma abreviatura para ações “imediatas, fortes e letais”.

No mesmo dia, a pasta sul-coreana divulgou uma foto do representante recebendo um relatório na frente de um veículo de lançamento móvel que opera o Hyunmoo, o primeiro míssil balístico de alto rendimento desenvolvido pelo próprio país.

O governo de Seul tem reforçado a fiscalização de seu exército após o lançamento bem-sucedido do satélite de reconhecimento militar norte-coreano, em 21 de novembro. O material foi capaz de fotografar importantes bases militares de diversas nações, como por exemplo, a dos Estados Unidos.

Na ocasião, como resposta, as autoridades sul-coreanas suspenderam trechos do acordo militar de 19 de setembro. O presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, inclusive chegou a anunciar planos para retomar a vigilância na fronteira com a Coreia do Norte.

Desde então, as tensões entre Pyongyang e Seul têm crescido. E cada vez mais tem sido provada a capacidade bélica e espacial por parte do líder norte-coreano Kim Jong Un, gerando grande preocupação às autoridades da Coreia do Sul.

*Opera Mundi

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