Breno Altman: regime sionista é inimigo da humanidade

Breno Altman: regime sionista é inimigo da humanidade

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Pessoas de todo o mundo, incluindo judeus, protestam contra atos de Israel.

(*) Artigo publicado originalmente na Folha de S. Paulo, em 28/11/2023

Um dos mais pobres recursos de polêmica é a tergiversação. O artigo de Alexandre Schwartsman nesta Folha (O que Breno Altman esconde?, 17/11) inscreve-se nessa infeliz tradição ao contestar um texto meu (Quem irá parar a mão assassina de Israel?, 13/11). O autor simplesmente se esquiva do debate mais urgente, assunto exclusivo daquelas linhas, sobre os meios para deter a carnificina israelense contra o povo palestino, especialmente na Faixa de Gaza, impondo imediato e permanente cessar-fogo.

Ávido por maquiar o terrorismo de Estado praticado por Israel, Schwartsman atabalhoadamente apela ao surrado truque sionista de comparar seus críticos aos propagadores de ódio contra judeus — algo insultante contra alguém, como eu, cuja família foi vítima do Holocausto.

Leia também: Breno Altman: quem irá parar a mão assassina de Israel?

Denuncia-me por ressaltar que “a maior causa do antissemitismo é o Estado colonial e racista de Israel”. Evidentemente me refiro ao período posterior à Segunda Guerra, quando a derrota do nazismo tornou residual e criminosa, na Europa, a perseguição contra judeus. O recrudescimento ocasional do antissemitismo, desde então, está diretamente vinculado ao papel opressivo do sionismo, causando uma repulsa que lamentavelmente não diferencia essa corrente e o judaísmo.

Acusa-me de pregar a “liquidação do Estado de Israel”, resgatando um comentário no qual defendo o fim do regime sionista, com sua substituição por um Estado único, laico e democrático para a Palestina, na qual vivam todos os povos da região, com os mesmos direitos.

 

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