Israel anuncia tomada do porto de Gaza e mantém operação no hospital Al-Shifa

Israel anuncia tomada do porto de Gaza e mantém operação no hospital Al-Shifa

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Ministério da Saúde do Hamas afirmou que Israel destruiu o serviço de radiologia do hospital e danificou os serviços de tratamento de queimaduras e diálise.

O Exército israelense anunciou, nesta quinta-feira (16/11), a tomada do porto de Gaza e mantém as tropas mobilizadas no hospital Al-Shifa, o principal do território, apesar das críticas internacionais.

O Exército israelense anunciou que assumiu o “controle operacional” do porto da cidade de Gaza, no norte do território palestino, e acusa o movimento Hamas de utilizá-lo “como centro de treinamento para suas forças de comando naval, a fim de planejar e executar ataques terroristas”.

O porto de Gaza é pequeno e limitado às atividades de pesca, devido ao bloqueio imposto por Israel à Faixa de Gaza desde que o Hamas assumiu o poder no território palestino, em 2007. As tropas israelenses já tomaram o Parlamento, os edifícios do governo e da polícia militar em Gaza – todos “vazios”, segundo o movimento islâmico palestino.

O Exército também confirmou nesta quinta-feira que suas tropas continuam mobilizadas nas instalações do hospital Al-Shifa, onde a ONU estima que há 2.300 pessoas, e que encontrou imagens “relacionadas aos reféns” levados pelo Hamas no início da guerra, em 7 de outubro.

O Ministério da Saúde do Hamas afirmou que Israel “destruiu o serviço de radiologia” do hospital e danificou os serviços de tratamento de queimaduras e diálise. Na quarta-feira, Israel lançou o que chamou de “operação seletiva” no estabelecimento, onde afirma que o Hamas – considerado uma “organização terrorista” por Estados Unidos, União Europeia e Israel – tem uma base militar.

O Exército israelense disse ter encontrado “munições, armas e equipamento militar” do Hamas no hospital e publicou imagens do material. O Ministério da Saúde do Hamas negou a acusação, afirmando que a posse de armas em hospitais da sua rede “não é autorizada”. A AFP não pôde confirmar de forma independente as afirmações de nenhum dos lados.

Em 7 de outubro, o Hamas lançou um ataque surpresa no sul de Israel no qual morreram 1,2 mil pessoas e outras 240 foram feitas reféns, segundo as autoridades israelenses. Em resposta, Israel prometeu destruir o movimento islâmico palestino, bombardeando diariamente a Faixa de Gaza e colocando-a sob cerco total.

A ofensiva já deixou mais de 11,5 mil palestinos mortos, incluindo mais de 4.700 crianças, segundo o Ministério da Saúde do Hamas. Segundo a mesma fonte, várias dezenas de pessoas morreram em bombardeios noturnos israelenses em Gaza, incluindo nove civis em um ataque a um posto de gasolina no acampamento de refugiados de Nuseirat (centro).

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