Corrida aos mercados e memória de 2006: libaneses se preparam para guerra contra Israel

Corrida aos mercados e memória de 2006: libaneses se preparam para guerra contra Israel

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Desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, alertas de um conflito regional vêm de todos os lados. No sul do Líbano, o Hezbollah e o exército israelense enfrentam-se todos os dias e o partido jihadista xiita já perdeu mais de 50 combatentes. Os confrontos acontecem em uma faixa de cinco quilômetros ao longo da fronteira.

Nessa região, as escolas estão fechadas desde 9 de outubro e cerca de 20 mil residentes fugiram das suas casas para se instalarem mais a norte. Em algumas localidades, os preços dos aluguéis de apartamentos e pensões já aumentaram 25%.

Muitos países pediram para os seus cidadãos abandonarem o Líbano, lembrando-lhes as instruções de segurança e as precauções em caso de escalada do conflito.

Apesar do clima de preocupação, a vida continua quase normal no resto do país. Em um supermercado, Zeina empurra um carrinho de compras repleto de pacotes de cereais, latas de comida e macarrão, em quantidades suficientes para alimentar uma família de 20 pessoas durante várias semanas.

“Se a guerra eclodir, os preços podem disparar. É melhor prevenir do que remediar”, explica a mãe de três filhos.

“Mais clientes começam a armazenar produtos, mas ainda não é um fenômeno generalizado”, diz Ziad, proprietário do estabelecimento na cidade costeira de Jbeil, 40 quilômetros a norte de Beirute.

“O mercado está abastecido e os preços não mudaram”, acrescenta o comerciante, ajudando Zeina a avançar com seu carrinho lotado.

O gerente de um posto de gasolina em Beirute também garante: “Há um aumento da demanda por combustível, mas nada alarmante por enquanto”, diz Abou Issam.

 

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