Sistema de saúde da Palestina entra em colapso em meio ao ‘cerco total’ de Israel

Sistema de saúde da Palestina entra em colapso em meio ao ‘cerco total’ de Israel

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Apesar de situação emergencial dos hospitais na Faixa de Gaza, Israel afirma que eletricidade para funcionamento dos serviços será reestabelecida apenas mediante liberação de reféns pelo Hamas.

O Ministério da Saúde da Palestina alertou que o sistema de saúde do país “começou a entrar em colapso” nesta quinta-feira (12/10). A situação se agrava em meio ao “cerco total” que Israel tem imposto à Faixa de Gaza, impedindo que palestinos tenham acesso a serviços básicos, como água, alimentos e eletricidade.

“O número de leitos de UTI foi ampliado, mas já preenchido. Os feridos que precisam de leitos para tratamento intensivo agora não têm onde ficar internados”, informou a pasta.

O ministério ainda adicionou que o número de feridos ultrapassa a capacidade de salas de operação e é superior à capacidade clínica dos hospitais, mesmo que ampliados, segundo o Ópera Mundi.

Para os feridos em campo de batalha, o Ministério da Saúde não têm ambulâncias suficientes para todos os resgates.

Além dos ataques das Forças Armadas Israelenses (FDI), que vitimam civis palestinos, o “cerco total”, instituído pelo governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, afeta o acesso à energia em Gaza, fazendo com que as já sobrecarregadas instalações médicas de Gaza tenham seus funcionamentos comprometidos.

“Devido aos ataques israelenses, aos cortes de energia, e à falta de abastecimento de combustível aos hospitais, o Ministério da Saúde decidiu começar a racionar os serviços de saúde, para direcionar a capacidade limitada do gerador elétrico”, comunicou a pasta da saúde palestina na última quarta-feira (11/10).

Apesar das decisões emergenciais, os geradores não têm capacidade para aguentar mais do que alguns dias, e as autoridades palestinas afirmaram na manhã desta quinta-feira que a qualquer momento poderiam parar de funcionar.

“Os hospitais de Gaza correm o risco de se transformarem em necrotérios”, alertou a Cruz Vermelha Internacional sobre a situação.

Além das emergências médicas e hospitalares, a Cruz Vermelha afirmou que três em cada cinco estações de tratamento de água em Gaza estão fora de funcionamento. Segundo as Nações Unidas, cerca de 650 mil pessoas estão sem acesso à água.

 

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