Depoimento de Mauro Cid com mais informações à Polícia Federal termina depois de nove horas

Depoimento de Mauro Cid com mais informações à Polícia Federal termina depois de nove horas

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Aí tem muita coisa.

O depoimento de Mauro Cid à Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira durou mais de nove horas. Segundo informação obtida pelo jornalista Cesar Tralli, a colaboração de Mauro Cid avançou depois dos interrogatórios desta quinta. O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e o pai foram confrontados e questionados sobre informações extraídas dos celulares do próprio general e de Wassef, além de outros indícios colhidos na investigação e apresentados – especialmente – ao ex-ajudante de ordens, segundo o G1.

Osmar Crivelatti, assessor de Bolsonaro, ficou até a noite desta quinta prestando depoimento à PF. Ele não ficou em silencio e respondeu às perguntas feitas pelos investigadores. Crivelatti foi um dos alvos da operação da PF no começo de agosto. Ele é ex-assessor de Bolsonaro e trabalhava na presidência da República junto com Mauro Cid.

A PF tenta esclarecer o suposto esquema de desvio de joias luxuosas recebidas em viagens ao exterior — e que fazem parte do patrimônio da União. Ainda de acordo com a apuração, os depoimentos aconteceram em salas separadas e celulares foram proibidos.

Os investigadores já têm em mãos mais detalhes das negociações ilegais e agora se aprofundam nos destinatários do dinheiro obtido com a venda das joias.

Segundo as fontes, o inquérito reúne ainda mais informações e provas robustas sobre o envolvimento dos investigados nas negociações e sobre o caminho do dinheiro dentro e fora do Brasil. A investigação empareda o ex-presidente Bolsonaro, segundo as mesmas fontes.

Com autorização judicial, novas diligências estão sendo feitas – tudo sob o mais absoluto sigilo para não comprometer a etapa final das investigações. Etapa esta que envolve cooperação internacional de autoridades americanas.

A maior parte dos depoimentos durou menos de uma hora porque os investigados decidiram não responder os questionamentos.

Ficaram em silêncio: Bolsonaro, Michelle, Wajngarten e Câmara. Em nota, as defesas dos quatro disseram que tomaram essa decisão por julgarem que o Supremo Tribunal Federal (STF) não é a instância adequada para a investigação.

O ministro do STF Alexandre de Moraes “puxou” o caso para a Corte por identificar que os militares e aliados de Bolsonaro envolvidos no caso eram os mesmos citados em outros inquéritos no Supremo – como o das fake news e o das milícias digitais.

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